O presidente dos Estados Unidos admitiu ser "possível um cessar-fogo em Gaza", apesar da retirada de Washington e Israel das negociações, e reconheceu existir fome no enclave, por ver "crianças famintas" na televisão.
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Donald Trump fez estes comentários ao receber o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, no seu "resort" de golfe Turnberry, no sudoeste da Escócia, onde os dois líderes vão debater o acordo tarifário, bem como as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.
Questionado pelos jornalistas sobre se acredita ser possível um cessar-fogo em Gaza, o presidente norte-americano assegurou que a administração dos EUA tudo fará nesse sentido e admitiu esse cenário.
Os Estados Unidos retiraram-se das negociações no Catar depois de Israel o ter feito a 24 de julho, devido ao que alegaram ser a obstrução do movimento islamita palestiniano Hamas.
Quando questionado se concordava com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de que não há fome na Faixa de Gaza, Trump não escondeu a discordância. "Não especialmente", respondeu Trump, argumentando que as imagens que vê na televisão sugerem que "há crianças a morrer de fome".
O líder norte-americano lembrou que, há duas semanas, os EUA enviaram 60 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de euros) em ajuda humanitária para Gaza, lamentando que ninguém lhe tenha agradecido esse gesto, e sustentou que o problema é o Hamas roubar a comida.