O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, esta sexta-feira, que o suspeito de ter matado o ativista de extrema-direita Charlie Kirk foi detido, após uma busca intensa.
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O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou hoje ter "um elevado grau de certeza" de que o suspeito do homicídio, quarta-feira, do influenciador ultraconservador Charlie Kirk foi capturado.
"Acredito, com um elevado grau de certeza, que o temos sob custódia. Todos fizeram um excelente trabalho. Trabalhámos com a polícia local e com o governador" do Utah, disse Trump, em declarações em direto ao canal Fox News, em Nova Iorque.
Trump acrescentou que soube da detenção "cinco minutos antes de entrar" no estúdio do programa Fox and Friends e adiantou, sem entrar em pormenores, que o FBI e outras agências de segurança divulgarão mais informações ainda hoje. Segundo o "New York Post", o suspeito chama-se Tyler Robinson e terá confessado ao pai o homicídio.
Trump explicou brevemente que o próprio pai e pessoas "próximas" do presumível atirador terão pedido que este se entregasse às autoridades, depois de terem sido divulgadas várias imagens e um vídeo que mostram um homem branco vestido com calças, camisola e boné escuros, óculos de sol e sapatilhas.
"Foi o pai que se envolveu, que disse: 'Temos de ir' [à polícia]. Isto está sujeito a alterações, mas os factos são os factos: temos a pessoa que acreditamos ser aquela que procurávamos. Levaram-no até à esquadra e ele está lá", afirmou.
Investigadores federais e autoridades estaduais tinham divulgado quinta-feira fotografias e um vídeo da pessoa que acreditam ser responsável pelo ataque.
Charlie Kirk, de 31 anos, foi morto a tiro na quarta-feira durante uma reunião pública ao ar livre numa universidade do Vale do Utah, no oeste dos Estados Unidos.
Mais de 7.000 pistas e informações foram recebidas, segundo as autoridades.
O suspeito ainda não foi oficialmente identificado nem foi avançada qualquer motivação para o crime, o mais recente episódio de violência política a abalar os EUA.
De acordo com informações partilhadas entre forças de segurança e descritas à agência noticiosa Associated Press (AP), uma espingarda Mauser, de calibre 30, de repetição manual, foi encontrada numa floresta, embrulhada numa toalha.
Um cartucho disparado foi recuperado da câmara e outros três estavam ainda no carregador. A arma e a munição estão a ser analisadas num laboratório federal.
O assassínio de Kirk é o mais recente exemplo de como medidas de segurança habituais podem ser ultrapassadas num período de crescente violência política, em que qualquer pessoa ligada ao processo político pode tornar-se alvo.
Especialistas em segurança ouvidos pela AP questionaram se o evento tinha pessoal suficiente, mas reconheceram igualmente as limitações tanto das forças policiais universitárias como da realização de iniciativas em espaços ao ar livre.
Depois de deter e libertar dois suspeitos, o FBI apelou à colaboração do público e chegou a oferecer uma recompensa de 100.000 dólares (cerca de 93.000 euros) a quem fornecesse informação credível que conduzisse à sua captura.
Trump insistiu que não quis ver o vídeo em que se vê claramente o momento em que Kirk foi atingido mortalmente. "Não quero recordar o Charlie dessa maneira. É horrível, pelo que ouvi", disse.
As imagens mostram um jovem de constituição delgada, com uma t-shirt escura de mangas compridas com a bandeira dos Estados Unidos no peito, calças de ganga, óculos de sol, boné azul e sapatilhas.