O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que planeia encontrar-se com o homólogo brasileiro, Lula da Silva, durante a digressão que vai fazer pela Ásia, e numa altura em que os dois líderes procuram restabelecer as relações.
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"Penso que nos vamos encontrar, sim. Já nos vimos brevemente na Assembleia Geral das Nações Unidas ", disse Trump, na sexta-feira, a jornalistas a bordo do avião presidencial Air Force One, que se dirige à Malásia para a primeira paragem de uma viagem à Ásia que inclui também visitas ao Japão e à Coreia do Sul.
Quando questionado sobre a possibilidade de reduzir as tarifas de 50% impostas às importações do Brasil, o líder norte-americano deixou a porta aberta, afirmando estar disposto a fazê-lo "se as circunstâncias forem adequadas".
Um porta-voz para a imprensa que acompanha o presidente brasileiro em Kuala Lumpur, onde hoje se reuniu com o primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, assegurou à agência noticiosa espanhola EFE que "não há informações" sobre uma possível reunião bilateral com Trump. "Teremos que esperar para ver como os acontecimentos se desenrolam", precisou o porta-voz. Contudo, na sexta-feira, Lula disse estar "interessado nesse encontro", com o objetivo de "defender os interesses do Brasil e mostrar que houve um erro nas tarifas sobre o Brasil".
Lula e Trump estarão juntos na capital malaia durante a cimeira de líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que começa no domingo.
Será à margem dessa cimeira, que decorre até terça-feira, que Lula poderá encontrar-se com o presidente dos EUA.
O Brasil e os EUA vivem uma crise diplomática sem precedentes depois de o presidente norte-americano ter imposto tarifas de 50% a grande parte dos produtos brasileiros em retaliação pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por golpe de Estado.
