Apesar dos apelos cada vez mais urgentes para que os dois países ponham fim às hostilidades, nem Israel nem o Irão mostraram sinais de apaziguamento desde o início dos ataques aéreos, na sexta-feira. Acompanhe aqui os principais desenvolvimentos do conflito.
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O senador norte-americano Bernie Sanders e outros congressistas do Partido Democrata apresentaram uma resolução para impedir o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de usar força militar contra o Irão sem autorização prévia do Congresso.
Num comunicado para apresentar a iniciativa, entregue na segunda-feira e intitulada “Não à guerra com o Irão”, Sanders afirmou que os ataques ordenados pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, contra a República Islâmica “violam o Direito internacional e correm o risco de desencadear uma guerra regional”.
“Os nossos Pais Fundadores confiaram o poder de declarar guerra exclusivamente aos representantes eleitos do povo no Congresso. É imperativo deixar claro que o Presidente não tem autoridade para iniciar outra guerra dispendiosa sem a autorização explícita do Congresso”, sublinhou o ex-candidato presidencial e senador independente, eleito por Vermont.
O movimento islamita palestiniano Hamas alertou hoje para o "perigo" da participação direta dos Estados Unidos nos ataques israelitas ao Irão, responsabilizando Washington e Telavive por uma possível escalada na região.
"As ameaças americanas de intervenção militar contra o Irão estão a levar a região à beira da explosão", afirmou o Hamas em comunicado, no qual expressa "forte condenação" das "ameaças americanas".
"Alertamos para o perigo do envolvimento direto dos EUA", afirmou o movimento palestiniano, que insta "os países árabes e islâmicos a adotarem uma postura unificada e responsável" face aos ataques israelitas.
Para o Hamas, os ataques israelitas contra o Irão, seu principal aliado, "constituem uma flagrante violação do direito internacional e uma ameaça direta à segurança e à paz na região e no mundo".
O presidente norte-americano, Donald Trump, reuniu hoje o seu Conselho de Segurança Nacional para discutir o conflito entre Israel e Irão, anunciou a Casa Branca, enquanto pondera uma intervenção neste país.
A reunião, que decorreu na Sala de Situação da Casa Branca, durou cerca de uma hora e 20 minutos, disse à AP um funcionário da presidência norte-americana que pediu o anonimato.
As autoridades norte-americanas insistem que Washington não está envolvido na ofensiva israelita, salientando que Donald Trump continua a considerar todas as opções possíveis.
Segundo os media norte-americanos, as opções em cima da mesa incluem a utilização de bombas norte-americanas de alta potência, conhecidas como “destruidoras de ‘bunkers’”, contra a instalação nuclear iraniana de Fordo, construída debaixo de uma montanha.
Um novo alerta devido ao lançamento de mísseis iranianos em direção a Israel levou as autoridades deste país a ordenarem à população, sobretudo de cidades do norte, que procure abrigo.
"As sirenes de ataque aéreo soaram em várias regiões de Israel após a identificação de mísseis lançados do Irão em direção ao Estado de Israel", informaram as Forças de Defesa de Israel (IDF) em comunicado, citado pela AFP.
O Comando da Frente Interna especificou que o alerta, que implica que a população deve procurar abrigo, afetou a maioria das cidades do norte do país.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas instou hoje os residentes das cidades israelitas de Haifa e Telavive a abandonarem as suas casas, alertando para “operações punitivas" iminentes.
"As operações punitivas serão realizadas em breve", disse Abdolrahim Mousavi num comunicado em vídeo transmitido pela televisão estatal no quinto dia da guerra entre Israel e o Irão, iniciada na madrugada de 13 de junho.
Os ataques iranianos anteriores com mísseis e drones foram lançados até agora apenas para fins de dissuasão, acrescentou.
"Os residentes dos territórios ocupados [Israel], particularmente Telavive e Haifa, são fortemente encorajados a deixar estas áreas para sua própria segurança", declarou Mousavi, que foi recentemente apontado para a chefia das Forças Armadas, em substituição de Mohammad Bagheri, morto no primeiro dia dos ataques israelitas no Irão.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou hoje que o Irão “tem sido e continua a ser uma fonte de instabilidade e terrorismo” no Médio Oriente, numa referência à atual escalada do conflito com Israel.
“O Irão nunca deve adquirir capacidades nucleares. Não devemos esquecer que o Irão tem sido, e continua a ser, uma fonte de instabilidade e terrorismo na região, através dos seus representantes: Hamas, Hezbollah e Huthis. Esta é uma preocupação central para nós”, disse Von der Leyen, durante um encontro com a imprensa realizado durante a cimeira dos líderes do G7, as sete economias mais industrializadas do mundo, em Kananaskis, Canadá.
A líder da Comissão Europeia referiu que os participantes no encontro de alto nível consideraram que “este momento do conflito no Médio Oriente, especialmente para além de Gaza, representa uma oportunidade crítica para libertar os reféns que ainda lá permanecem e alcançar um cessar-fogo”.
“Isto é muito importante para nós”, salientou, insistindo que “a longo prazo, deve haver uma solução negociada”.
“Mas devemos ser claros: o Irão é uma fonte real de instabilidade e terrorismo regional, e isso deve ser claramente reconhecido. O crucial agora é aproveitar a janela de oportunidade atual em Gaza para avançar, especialmente na libertação dos reféns” detidos pelo Hamas desde o ataque de 7 de outubro de 2023, afirmou a líder do executivo comunitário.
Donald Trump afirmou hoje que os Estados Unidos “têm agora o controlo total e completo dos céus do Irão”.
Segundo o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a ofensiva, ainda em curso, já destruiu “um grande número” de lançadores de mísseis e metade dos drones (aeronaves não-tripuladas) de Teerão.
“Agora, temos o controlo total e completo sobre os céus do Irão. O Irão tinha bons detetores aéreos e outros equipamentos de defesa, e muitos, mas não se comparam aos que são feitos, concebidos e fabricados nos Estados Unidos. Ninguém o faz melhor do que os bons e velhos Estados Unidos”, escreveu Trump na sua rede social, Truth Social.
O Ministério do Turismo de Israel anunciou hoje que vai ajudar milhares de turistas estrangeiros retidos devido à escalada das hostilidades com o Irão, na procura de voos especiais para abandonarem o país logo que possível.
O Ministério do Turismo indicou que “vai auxiliar os turistas atualmente em Israel através do registo em voos com partida do país", indicou, em comunicado.
“Um formulário de registo digital está a ser distribuído através de várias plataformas digitais para agências de turismo, hotéis, guias turísticos e outros elementos do setor", acrescentou.
O Governo israelita calculou que cerca de 38 mil turistas estrangeiros estejam atualmente no país e observou que todas as travessias terrestres para o Egito e Jordânia estão abertas aos viajantes.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje saber “onde se esconde” o líder supremo do Irão, o ‘ayatollah’ Ali Khamenei, mas afastou, “por enquanto”, tomar a decisão de matá-lo.
“Sabemos exatamente onde se esconde o chamado ‘líder supremo’. É um alvo fácil, mas lá ele está seguro. Não vamos eliminá-lo (matá-lo!), pelo menos por enquanto”, afirmou o chefe de Estado norte-americano na sua plataforma Truth Social.
Trump advertiu que não quer “que sejam disparados mísseis contra civis ou soldados norte-americanos” e destacou que “a paciência está a esgotar-se”.
“Rendição incondicional”, acrescentou, noutra publicação na rede social, o presidente norte-americano, recorrendo à escrita em letras maiúsculas, como faz frequentemente para enfatizar a mensagem.
Wall Street abriu hoje no "vermelho" devido aos últimos acontecimentos no conflito entre Israel e o Irão, que levaram à queda das ações e à subida dos preços do petróleo.
Dez minutos após o toque do sino, o Nasdaq caía 0,42% para 19.618 pontos, enquanto o S&P 500 recuava 0,32% para 6.013 pontos e o industrial Dow Jones descia 0,31% para 42.384 pontos.
O preço do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) abriu hoje a subir 1,10%, a 72,56 dólares o barril, devido ao conflito e dos receios de uma interrupção no fornecimento de petróleo do Oriente Médio.
As esperanças de uma resolução rápida do conflito dissiparam-se, e o presidente dos EUA, Donald Trump, deixou abruptamente a reunião do G7 no Canadá na segunda-feira.
O Governo português determinou o encerramento temporário da embaixada em Teerão e afirmou que prosseguem as operações de repatriamento no Médio Oriente, tendo esta terça-feira sido retirados mais sete portugueses do Irão.
Quase três mil israelitas foram forçados a sair de casa por causa dos danos provocados por ataques iranianos nos primeiros cinco dias de guerra entre os dois países, divulgou hoje o Governo de Israel.
Até agora, 2725 pessoas foram alojadas temporariamente em hotéis ou apartamentos disponibilizados pelo executivo, que seguiu a mesma política adotada para os residentes do norte e sul do país desde os ataques do movimento islamita palestiniano Hamas, em 7 de outubro de 2023.
O Governo israelita estimou que cerca de 380 mísseis foram lançados pelo Irão contra o seu território, a maior parte dos quais foram intercetados pelas Forças de Defesa de Israel, que não conseguiram no entanto impedir mais de 30 de escapar às defesas antiaéreas.
O último balanço de vítimas em Israel indicava 24 mortos e 647 feridos, dez dos quais em estado grave. Cerca de 15.800 edifícios foram danificados e milhares de veículos foram destruídos em Israel, acrescentou o Governo de Benjamin Netanyahu.
Na última noite, as defesas israelitas intercetaram 30 drones e dezenas de mísseis lançados pelo Irão.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmou hoje ter "identificado novas provas que mostram impactos diretos nas salas subterrâneas" da instalação nuclear iraniana de Natanz, na sequência de ataques de Israel.
Na segunda-feira, a agência nuclear da ONU tinha dito não ter qualquer indicação a este respeito, lembrando que apenas os edifícios de superfície desta central de enriquecimento de urânio tinham sido afetados pelos ataques israelitas.
A AIEA alterou a agora esta avaliação, "com base na análise contínua de imagens de satélite de alta resolução", de acordo com uma publicação da agência na rede social X. O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, disse estar pronto para viajar imediatamente para o Irão, onde estão presentes inspetores da Agência.
O chefe de Estado da Jordânia salientou hoje que os ataques de Israel ao Irão podem aumentar as tensões para além da região do Médio Oriente.
“Com a expansão da ofensiva de Israel para incluir o Irão, não se sabe onde vão parar as fronteiras deste campo de batalha”, alertou o rei Abdullah II perante o Parlamento Europeu (PE) em Estrasburgo, acrescentando ainda que “isto, meus amigos, é uma ameaça para as pessoas em todo o lado”.
Em relação à situação humanitária na Faixa de Gaza, Abdullah II considerou que “desafia o direito internacional, as normas morais e os nossos valores comuns. E estamos a assistir a transgressão após transgressão na Cisjordânia, com a situação a agravar-se de dia para dia”.
Por seu lado, a presidente do PE, Roberta Metsola, referiu que o papel da Jordânia - país que faz fronteira com Israel, Líbano, Síria, Iraque e Arábia Saudita, sendo ainda geograficamente próximo do Egito -, se tornou ainda mais vital para a região nomeadamente pelo “empenho na estabilidade e na paz no Médio Oriente”.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE) considerou hoje que um potencial envolvimento dos Estados Unidos (EUA) no conflito entre o Irão e Israel só iria aumentar o conflito e alargá-lo a toda a região do Médio Oriente.
Depois de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 países da UE, por videoconferência, a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, destacou que Washington tem uma abordagem própria, advertindo porém que um potencial envolvimento militar norte-americano só iria piorar a situação no Médio Oriente, podendo alargar o conflito a toda a região e a outras partes do mundo.
Por isso, insistiu que é necessário recorrer à diplomacia para interromper as hostilidades entre Telavive e Teerão e procurar outra maneira de abordar a questão nuclear iraniana.
“A declaração dos líderes do G7 ignorou claramente a agressão flagrante de Israel contra o Irão”, afirmou o porta-voz da diplomacia iraniana, Esmail Baghai, num comunicado citado pela agência noticiosa oficial IRNA.
Numa declaração conjunta divulgada na segunda-feira, os líderes do G7 afirmaram o direito de Israel a defender-se e acusaram o Irão de ser a “principal fonte de instabilidade e de terrorismo na região”.
Baghai defendeu que o G7 “deve abandonar a retórica unilateral e atacar a verdadeira fonte da escalada: a agressão de Israel”. “O Irão está a defender-se de uma agressão cruel. Será que o Irão tem realmente outra escolha?”, questionou Baghai, também citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
"Desde o início da escalada militar entre Israel e o Irão, mais de 600 cidadãos de 17 países, incluindo 40 azeris, foram retirados via Azerbaijão", disse um responsável azeri à agência noticiosa France-Presse (AFP) sob anonimato.
As pessoas retiradas incluem americanos, russos, alemães, espanhóis, italianos e até chineses, que "atravessaram a fronteira de Astara", no sudeste do Azerbaijão e na costa do mar Cáspio.
Foram depois levadas para o aeroporto de Baku, capital azeri, e apanharam voos para os seus países de origem.
As fronteiras terrestres do Azerbaijão continuam fechadas desde a pandemia de covid-19 em 2020, mas as autoridades do Azerbaijão decidiram abrir uma exceção temporária para deixar sair os estrangeiros que precisaram de ser retirados do Irão por causa dos ataques israelitas.
A Polónia anunciou hoje que vai retirar o pessoal não essencial da sua embaixada em Teerão também via Baku.
Na segunda-feira, o Turquemenistão, um dos países mais fechados do mundo, também permitiu que 120 pessoas retiradas do Irão passassem pelo seu território, sobretudo cidadãos de países da Ásia Central.
O presidente dos Estados Unidos convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional (NSC) para as próximas horas em Washington, noticiou a imprensa norte-americana.
Donald Trump deu ordens aos membros do NSC para que se reunissem na sala de crise da Casa Branca e abandonou abruptamente a Cimeira do G7 em Kananaskis (Montanhas Rochosas canadianas) por causa do conflito armado entre Israel e o Irão.
O líder norte-americano recusou-se a falar aos jornalistas sobre a reunião. “Tenho de regressar cedo”, disse Trump, que evitou uma pergunta sobre a reunião do NSC.
O conflito entre Israel e o Irão entra no quinto dia. Da véspera, num sinal de que as hostilidades não dão sinal de abrandamento, fica o apelo do presidente norte-americano: "Todos deveriam deixar Teerão imediatamente!”
O conflito levou Donald Trump a abandonar a cimeira do G7 no Canadá e a regressar mais cedo à Casa Branca.
Recorde o que de mais importante aconteceu na véspera aqui.
Israel reivindicou hoje a morte do chefe do Estado-Maior iraniano, Ali Shadmani, que assumiu o cargo há alguns dias, depois de o antecessor ter sido morto em ataques das forças israelitas.
Shadmani era “o comandante militar de mais alta patente e a figura mais próxima” do líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, disse o exército israelita num comunicado.
O exército precisou que o bombardeamento foi lançado durante a noite contra “um centro de comando no coração” da capital iraniana, Teerão, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press.
O Irão não confirmou a morte de Shadmani.
Os Guardas da Revolução, exército ideológico da República Islâmica do Irão, reivindicaram hoje que atingiram um centro da Mossad, os serviços de informação estrangeiros israelitas, no quinto dia de confronto militar com Israel.
Os Guardiães “atingiram o centro de informação militar do regime sionista chamado Aman e o centro de planeamento de operações terroristas do regime sionista, Mossad, em Telavive”, afirmaram numa declaração transmitida pela televisão estatal.
“O centro [da Mossad] está atualmente em chamas”, acrescentaram, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou hoje que quer o fim do conflito entre o Irão e Israel, e não apenas um cessar-fogo, antes de uma reunião sobre a questão na Casa Branca.
“Precisamos de um fim real, não um cessar-fogo”, disse aos jornalistas a bordo do avião que o levou de volta a Washington, onde aterrou pelas 5 horas locais (10 em Portugal continental), segundo a agência de notícias France-Presse (AFP). Deve haver um “abandono completo” do Irão, insistiu, sem especificar se se referia ao abandono do programa nuclear iraniano ou a qualquer outra coisa.
Trump regressou mais cedo à capital dos Estados Unidos do Canadá, onde participava na cimeira do G7, que só termina hoje.
O chefe dos serviços secretos militares de Israel, general Shlomi Binder, admitiu hoje que a ofensiva contra Teerão poderá em breve ser alargada a “áreas adicionais” com base nas informações recolhidas pelas equipas que chefia.
“Entregaram as informações que abriram o caminho para Teerão e tornaram possível atacar altos funcionários iranianos. Em breve, fá-lo-ão noutras áreas”, afirmou Binder, durante uma visita a bases da divisão que comanda, citado num comunicado militar.
Binder disse também que o exército israelita continua focado nos 53 reféns ainda detidos em Gaza, embora tenha reconhecido que a guerra contra o Irão se tornou o principal objetivo, antes da ofensiva na Faixa de Gaza.
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que o abandono antecipado da reunião do G7 no Canadá não tem "nada a ver" com um cessar-fogo entre Israel e o Irão, é "muito maior do que isso".
"O presidente Emmanuel Macron, de França, procura publicidade e disse erradamente que eu deixei a Cimeira do G7, no Canadá, para voltar a Washington para trabalhar num ‘cessar-fogo’ entre Israel e o Irão. Errado!", escreveu Trump na sua rede social Truth Social, pouco depois de embarcar no Air Force One para um voo com destino à capital norte-americana.
"Ele não faz ideia porque é que eu estou agora a caminho de Washington, mas certamente não tem nada a ver com um cessar-fogo. É muito maior do que isso", escreveu Trump. "De propósito ou não, Emmanuel engana-se sempre. Fiquem atentos!", acrescentou o chefe de Estado dos Estados Unidos, que convocou de urgência o Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês) em Washington, antes de sair do Canadá.
Os líderes do G7 afirmaram o direito de Israel a "defender-se", acusaram o Irão de ser a "principal fonte de instabilidade e de terrorismo na região" e apelaram à "proteção dos civis", segundo uma declaração conjunta.
No mesmo texto, assinado esta segunda-feira, afirmaram que têm "sido consistentemente claros quanto ao facto de o Irão nunca poder ter uma arma nuclear".
De acordo com uma declaração conjunta, os sete países apelaram ainda que "a resolução da crise iraniana conduza a um abrandamento mais amplo das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo em Gaza".
O grupo reitera o "compromisso com a paz e a estabilidade no Médio Oriente" e é nesse contexto que sublinha, não só que "Israel tem o direito de se defender", como "reitera o apoio à segurança de Israel".
Finalmente, o G7 - Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, com a presença da União Europeia - reúnem-se anualmente para discutir questões económicas e geopolíticas mundiais.afirmou que se "mantém vigilante quanto às implicações para os mercados internacionais da energia".
O exército israelita informou esta madrugada a ocorrência de duas novas vagas de ataques com mísseis do Irão contra o território israelita.
"As Forças de Defesa de Israel (IDF) identificaram recentemente mísseis lançados do Irão em direção ao território do Estado de Israel. Os sistemas defensivos estão operacionais para intercetar a ameaça", declarou o exército israelita no mesmo comunicado que habitualmente antecede os alarmes no país.
O primeiro aviso foi lançado às 3.30 horas locais (1.30 horas em Portugal continental) e fez soar os alarmes no centro de Israel e em Telavive, enquanto o segundo, dirigido para o norte do país, foi lançado uma hora depois.
O serviço de emergência israelita, Magen David Adom (MDA), correspondente à Cruz Vermelha, informou que em ambos os casos não se registaram feridos ou vítimas mortais.
O Governo indiano emitiu um alerta para que os cidadãos indianos deixem Teerão, e aos que se encontrem em Israel para que permaneçam em lugares seguros dentro do país, devido à escalada do conflito.
Numa série de publicações na rede social X, a missão diplomática indiana elevou o nível de alerta, pedindo aos seus cidadãos para abandonarem a capital iraniana, “se os seus recursos o permitirem”, e que estabeleçam contacto imediato para registarem a localização.
O exército israelita anunciou, esta terça-feira, ter efetuado "vários ataques em grande escala" durante a noite contra alvos militares no oeste do Irão.
"Durante os ataques, dezenas de instalações de armazenamento e lançamento de mísseis terra-terra foram atingidas", assim como "lançadores de mísseis terra-ar e locais de armazenamento de drones" no oeste do Irão, afirmou o exército em comunicado.
A Embaixada da China em Israel instou os seus cidadãos a abandonarem o país o mais rapidamente possível através das passagens fronteiriças terrestres com a Jordânia e o Egito, face à escalada do conflito com o Irão.
A missão diplomática recomendou “priorizar” a rota para a Jordânia e indicou que muitos cidadãos chineses entraram em contacto com a embaixada para perguntar sobre a reabertura dos aeroportos ou a retomada dos voos, segundo um comunicado.
As autoridades israelitas mantêm o espaço aéreo fechado e prorrogaram o estado de emergência nacional até 30 de junho, acrescenta o texto.
A missão diplomática forneceu informações detalhadas sobre os requisitos, horários e taxas dos principais postos fronteiriços e comprometeu-se a garantir a continuidade dos serviços consulares para facilitar a saída dos cidadãos chineses.
O porta-aviões americano Nimitz, que se encontrava no Mar do Sul da China, virou para oeste e dirige-se para o Médio Oriente, confirmou um funcionário do Pentágono.
Está atualmente a subir o estreito de Malaca, entre a ilha indonésia de Sumatra e a Malásia.
Portais na internet que geolocalizam em tempo real as posições dos aviões em todo o mundo identificaram o movimento de cerca de 30 aviões de abastecimento norte-americanos no domingo à noite, que descolaram dos Estados Unidos em direção a várias bases militares na Europa.