Turkish Airlines junta-se a mais seis companhias e suspende voos para a Venezuela

Turkish Airlines junta-se a mais seis companhias e suspende voos para a Venezuela
Foto: Yasin Algul/AFP
A companhia aérea Turkish Airlines cancelou os seus voos previstos para a Venezuela entre segunda e sexta-feira, juntando-se assim a outras seis companhias aéreas, incluindo a TAP, que cancelaram voos devido à instabilidade na região.
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A informação está a ser avançada pela agência espanhola de notícias EFE, citando a presidente da Associação de Linhas Aéreas da Venezuela (ALAV), Marisela de Loaiza.
A decisão da companhia aérea turca também foi confirmada por um agente de atendimento ao cliente, que indicou à agência espanhola: "Alguns voos foram cancelados entre essas datas (24 e 28 de novembro), mas não todos", embora não tenha especificado os dias.
A medida da Turkish Airlines foi tomada depois do aviso da Administração Federal de Aviação dos EUA para "extremar a precaução" ao sobrevoar o território venezuelano e o sul do Caribe devido a "uma situação potencialmente perigosa na região".
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As outras seis companhias aéreas que suspenderam os seus voos são a TAP (Portugal), Gol (Brasil), Avianca (Colômbia), Latam (Chile) e Caribbean Airlines (Trinidad e Tobago-Jamaica), segundo a presidente da ALAV.
Por sua vez, as companhias aéreas venezuelanas Laser, Estelar e Venezolana de Aviación e a colombiana Wingo informaram que operam normalmente na Venezuela.
A Venezolana de Aviación tem um voo internacional para o Panamá e a Laser oferece rotas para Espanha e Curaçao, enquanto a Estelar viaja tanto para o país centro-americano como para o europeu.
O cancelamento dos voos coincide com o envio de tropas militares por Washington para o mar do Caribe, que o presidente norte-americano, Donald Trump, afirma ser para combater o narcotráfico, mas que o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, interpreta como uma "ameaça de invasão" e tentativa de promover uma "mudança de regime" na Venezuela.
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A TAP já tinha cancelado os voos TP170 de sábado e da próxima terça-feira para a Venezuela, na sequência da informação das autoridades aeronáuticas dos Estados Unidos sobre a situação de segurança no espaço aéreo do país, indicou a empresa.
Desde agosto que Washington mantém uma importante presença militar na zona, com destaque para meia dúzia de navios de guerra, oficialmente para combater o tráfico de droga com destino aos Estados Unidos.
