O vice-primeiro-ministro turco acusou os países europeus, em particular Alemanha, Holanda e Áustria, de "crimes de guerra" por darem guarida a presumíveis "terroristas" turcos.
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Os países europeus "dão todo o tipo de apoio aos membros de organizações que eles próprios reconhecem como terroristas", assinalou Nurettin Canikli num comício na cidade de Samsun (norte), numa aparente referência ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado uma "organização terrorista" pela Turquia e União Europeia (UE), e a grupos militantes armados.
O ministro, citado pelo diário "Milliyet", assinalou que a situação se agravou, incluindo nesta categoria os membros da confraria do predicador exilado Fethullah Gülen, a rede político-religiosa que a Turquia designa pela sigla FETÖ (Organização terrorista Fethullah Gülen) e acusada de instigar o falhado golpe de Estado de julho de 2016, que os seus responsáveis continuam a negar.
"Nos últimos meses, todos os países europeus, começando pela Alemanha, deram refúgio à FETÖ. Acolheram-nos de braços abertos. Alemanha, Holanda e Áustria cometem assim um crime contra a humanidade. Porque não se pode chamar de outra forma o apoio ao terror e aos terroristas que matam civis na Turquia", argumentou.
Canikli também reiterou a acusação de que países como a Alemanha e Holanda promovem "atitudes fascistas" e "próprias dos nazis", ao impedirem no seu território comícios públicos de vários ministros turcos a favor da reforma constitucional presidencialista, que será submetida a referendo em 16 de abril.