O secretário-geral da NATO considerou que a Turquia é um "aliado impressionante", dando a entender que Ancara irá enfrentar sozinha o combate ao Estado islâmico.
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"A Turquia é um aliado impressionante e tem forças armadas muito capazes", afirmou Jens Stoltenberg no final da reunião do conselho de segurança da NATO, em Bruxelas, quando questionado sobre a possibilidade de uma intervenção da Aliança Atlântica. Stoltenberg lembrou de seguida que a Turquia, que solicitou o encontro, "tem o segundo maior exército da Aliança".
"Visitei a Turquia e encontrei-me com inúmeros soldados turcos, homens e mulheres e fiquei impressionado pelo [seu] envolvimento e qualidade", disse o dinamarquês que lidera a Aliança Atlântica, tendo considerado que os treinos realizados no âmbito da NATO contribuem para a "eficiência" da aliança internacional que combate o Estado Islâmico.
"O facto de termos estado a trabalhar em conjunto na Aliança [Atlântica] e com os nossos parceiros é um bom ativo para a aliança [internacional que está a combater o Estado Islâmico]. Faz com que os combates sejam mais eficientes, uma vez que há treino e trabalho em conjunto, no contexto da NATO e como parte da coligação [internacional]", afirmou Stoltenberg.
"Todos o aliados permanecem solidários com a Turquia. Condenamos fortemente os ataques terroristas. Expressamos as nossa condolências ao governo turco e para as famílias das vítimas em Suruç e as de outros ataques contra polícias e militares", que ocorreram no dia 20 de julho, disse.
Questionado sobre o acordo entre os Washington e Ancara, para de criar na Turquia uma zona de proteção no norte da Síria, o secretário-geral da NATO prefere não acrescentar comentários, considerando tratar-se de um "assunto bilateral" que não envolve a Aliança Atlântica.
Sobre os bombardeamentos da Turquia contra posições dos membros Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), o secretário-geral da NATO não pronunciou uma única palavra, não tendo esclarecido se o assunto foi abordado na reunião.
Já o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, numa conversa telefónica com o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu durante o fim de semana, considerou que é a Turquia deve agir com "proporcionalidade em todas as acções contra o PKK".
"O presidente apresentou condolências pelos ataques terroristas recentes. Ele manifestou apoio pelos esforços turcos na luta contra o terrorismo internacional, em particular a ação robusta contra o Estado Islâmico", disse a porta-voz de Juncker, Mina Andreeva.