A Ucrânia afirma que os seus militares destruíram mais de 200 drones fabricados no Irão em pouco mais de um mês, após os ataques desta semana que usaram estes aparelhos "kamikaze" (suicidas).
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"Desde a primeira queda de um drone kamikaze Shahed-136 de fabrico iraniano no território da Ucrânia, a 13 de setembro, a Força Aérea e outros elementos das Forças de Defesa da Ucrânia destruíram 223 UAVs desse tipo", afirmam os militares em comunicado.
Ainda esta semana, o Irão afirmou estar disposto a dialogar com Kiev para clarificar as alegações "sem fundamento" sobre o fornecimento à Rússia por Teerão de armas e drones utilizados na ofensiva contra a Ucrânia.
Kiev e os seus aliados ocidentais acusaram a Rússia de utilizar nas últimas semanas drones (aeronaves não tripuladas) de fabrico iraniano para efetuar ataques na Ucrânia.
O Kremlin (presidência russa) afirmou não ter conhecimento da utilização dessas armas pelo Exército russo.
Ao considerar tais afirmações "sem fundamento" e "baseadas em falsas informações", o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, assegurou, num comunicado, que "o Irão está pronto para negociar e discutir com a Ucrânia para solucionar estas acusações".
"As afirmações segundo as quais a República Islâmica envia armas, incluindo drones de combate, para serem utilizadas na guerra na Ucrânia" são "falsas", declarou o ministério.
Após diversos ataques dos chamados drones "kamikaze" sobre Kiev, a Ucrânia pediu na segunda-feira à União Europeia (UE) que impusesse novas sanções a Teerão.