As autoridades ucranianas detiveram vários membros de uma rede de pirataria informática que extorquia dinheiro a empresas da Europa e da América do Norte desde 2018, anunciou o Ministério Público em Kiev.
Corpo do artigo
A rede terá causado prejuízos calculados em mais de três mil milhões de grivnas (mais de 60 milhões de euros, ao câmbio atual), disseram os investigadores, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Os piratas informáticos bloqueavam os servidores das empresas para lhes extorquir dinheiro.
As autoridades ucranianas não precisaram o número de detidos, nem quando ocorreram as detenções.
Disseram que a operação foi realizada em coordenação com as autoridades dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), e com a Europol.
Um dos líderes do grupo foi alvo de um mandado de detenção e o FBI, a agência de investigação norte-americana, ofereceu 10 milhões de dólares (8,5 milhões de euros) por informações que levassem à sua captura.
O grupo começou a operar há sete anos e, desde então, encriptou mais de mil servidores de empresas da França, Noruega, Alemanha, Países Baixos, Canadá e Estados Unidos.
Utilizava programas maliciosos para bloquear o acesso aos servidores das empresas, às quais exigia quantias em dinheiro para os desbloquear.
O grupo era composto por programadores e especialistas em pirataria informática, bem como por pessoas especializadas em branqueamento de dinheiro.
Um dos detidos na Ucrânia já foi extraditado para os Estados Unidos, de acordo com o Ministério Público ucraniano.