Victor Ianukovitch, dirigente do Partido das Regiões, tem uma vantagem de menos de menos de três pontos percentuais sobre a sua rival, a primeira-ministra, Iúlia Timochenko, na contagem de votos que se aproxima do fim.
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Segundo dados da Comissão Eleitoral da Ucrânia, depois de contados 93,06 por cento dos boletins, Ianukovitch vai em primeiro lugar com 48,41 por cento e Iúlia Timochenko consegue 45,95 por cento.
Porém, este número poderá ainda mudar a favor de qualquer um dos candidatos.
"Ambos os candidatos têm reservas, porque numa série de distritos, tanto no oeste como no leste da Ucrânia, ainda foram contados menos de metade dos votos", declarou aos jornalistas Andrei Maguera, vice-chefe da Comissão Eleitoral Central da Ucrânia.
Em 2004, quando das eleições presidenciais em que participaram Victor Ianukovitch e Victor Iuschenko, actual Presidente da Ucrânia, o primeiro venceu a segunda volta com uma vantagem de 2,7 por cento.
Porém, devido às acusações de falsificação de resultados, foi necessário realizar uma terceira volta, que deu a vitória a Iuschenko com uma vantagem de cerca de 7 pontos.
Desta vez, Victor Ianukovitch já anunciou a sua vitória e começou hoje a juntar os seus adeptos perto do edifício da Comissão Eleitoral Central, em Kiev.
"Queremos defender as eleições transparentes. Apoiamos Ianukovitch", declarou à Lusa Andrei, estudante de Kiev, acrescentando: "Esperámos cinco anos pela vitória e ela chegou. Ianukovitch é o nosso Presidente".
Iúlia Timochenko recusou-se a aceitar a derrota e pretende esperar pelos resultados finais para decidir como atuar, não apelando aos seus apoiantes a que saiam para a rua.
Vários deputados do Bloco de Iúlia Timochenko admitiram, em declarações à Lusa, que ela recorrerá aos tribunais para contestar os resultados eleitorais.
Tendo em conta a grave situação económica na Ucrânia, os analistas não excluem a possibilidade de que a contenda termine com um acordo político entre Ianukovitch e Timochenko, em que o primeiro será o próximo Presidente e Timochenko continuará à frente do Governo ucraniano.
Fontes das duas campanhas disseram à Lusa que "as conversações já começaram".
* Enviado da Agência Lusa