A Ucrânia vai pedir oficialmente a adesão à União Europeia em 2020, anunciou o presidente ucraniano, Petro Porochenko, esta quinta-feira, em Kiev.
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"Eu vou apresentar quinta-feira um programa de reformas, cuja implementação permitirá à Ucrânia apresentar em seis anos um pedido de adesão à União Europeia", disse Petro Poroshenko, durante uma reunião com juízes, citado pela sua assessoria de imprensa.
O presidente ucraniano precisou que o plano prevê cerca de 60 reformas e programas especiais e destacou a reforma do sistema judicial, destinada a restabelecer a confiança da sociedade na justiça.
Poroshenko anunciou também, por outro lado, que encarregou o Governo de renunciar oficialmente ao estatuto de Não-Alinhado, uma medida que abre caminho à entrada da Ucrânia na NATO.
Segundo escreveu no Twitter, esta quinta-feira promulgou por decreto uma decisão nesse sentido, adotada no final de agosto pelo Conselho de Segurança e Defesa Nacional, que considerou então uma prioridade o desenvolvimento de relações estratégicas entre a Ucrânia e os Estados Unidos, a UE e a NATO.
A Ucrânia assinou em junho um acordo de associação com a UE, o qual foi ratificado a 17 de setembro pela Rada Suprema (parlamento ucraniano) e pelo Parlamento Europeu.
A vertente comercial deste acordo só vai, no entanto, entrar em vigor em 2016, em virtude de um acordo alcançado entre Kiev, Bruxelas e Moscovo depois de a Rússia ter ameaçado adotar medidas protecionistas para proteger a sua economia do impacto negativo da entrada de produtos europeus.