A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, apelou hoje ao governador do estado norte-americano do Arkansas, Asa Hutchinson, para comutar as sete execuções programadas entre os próximos dias 17 e 27 por injeção letal.
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"A União Europeia opõe-se à pena capital, que não dissuade o crime, é uma violação inaceitável da dignidade e da integridade humanas e não pode ser justificada em quaisquer circunstâncias", lê-se num comunicado divulgado em Bruxelas.
"Apelamos ao governador do Arkansas para comutar as sentenças de Bruce Earl Ward, Don Williamson Davis, Ledell Lee, Stacey Eugene Johnson, Jack Harold Jones, Marcel W. Williams, Kenneth D. Williams e também de Jason F. McGehee, que foi temporariamente suspensa, e não os submeter à pena de morte", salienta o comunicado.
As duas primeiras execuções por injeção letal - de Don Davis e Bruce Ward - estão marcadas para dia 17.
Três dias depois será a vez de Stacey Johnson e Ledell Lee, seguindo-se, a 24, Marcel Williams e Jack Jones e Kenneth Williams no dia 27.
Os homens, acusados de vários crimes, já se encontram no corredor da morte há mais de 20 anos, e as execuções foram agendadas devido à aproximação do final do prazo de validade de uma das drogas usadas e cujas reservas não podem ser repostas devido ao boicote das farmacêuticas.
As execuções, sublinha Mogherini, "irão violar uma moratória 'de-facto' da pena de morte que é cumprida nos EUA deste novembro de 2005".
A cumprir-se, é a primeira vez que nos Estados Unidos são cumpridas sete execuções em 11 dias, desde que a pena de morte foi reinstalada, em 1977.