O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, condenou os novos ataques russos na capital ucraniana, Kiev, e noutras cidades do país, garantindo que apoio militar adicional "está a caminho".
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"Estou profundamente chocado com os ataques da Rússia a civis em Kiev e noutras cidades na Ucrânia. Tais atos não têm lugar no século XXI. Condeno-os com a maior veemência possível", reagiu Josep Borrell, numa publicação na rede social Twitter.
Após terem sido anunciados bombardeamentos na Ucrânia esta manhã, causando vários mortos, o Alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança adianta que "a UE está com a Ucrânia".
"O apoio militar adicional da UE está a caminho", adianta.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou-se "chocada e horrorizada" com os ataques russos a cidades ucranianas, que fizeram pelo menos dez mortos.
"Chocada e horrorizada com os ataques perversos a cidades ucranianas. A Rússia de Putin mostrou novamente ao mundo o que representa: brutalidade e terror", escreveu a chefe do executivo comunitário na sua conta na rede social Twitter.
"Sei que os ucranianos se mantêm fortes", considerou, reiterando que a UE "irá apoiar a Ucrânia enquanto for preciso, com todos os meios que tivermos".
Já falando na conferência diária da Comissão Europeia, em Bruxelas, o porta-voz da instituição para os Negócios Estrangeiros, Peter Stano, clarificou que "o que está a caminho é [...] que a União Europeia está a fornecer armas para as forças de defesa ucranianas defenderem o seu povo e o seu país".
"Isto assume a forma de fornecimento bilateral de armas pelos Estados-membros e ao nível da União Europeia", adiantou Peter Stano.
Também reagindo no Twitter, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, defendeu que "o que está a acontecer agora em Kiev é repugnante".
Tal situação "mostra ao mundo, mais uma vez, o regime com que somos confrontados, um regime que ataca indiscriminadamente, que semeia terror e morte até sobre crianças", condenou a líder da assembleia europeia.
Roberta Metsola concluiu: "Isto é criminoso e eles serão responsabilizados e a Ucrânia vencerá. A Europa não desviará o olhar".
No mesmo sentido, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, condenou os "ataques horrendos" sobre Kiev e outras cidades ucranianas, afirmando que estas ações revelam "o desespero do Kremlin" e configuram "crimes de guerra".
Os bombardeamentos "indiscriminados" sobre civis "são crimes de guerra", escreveu Michel na sua conta na rede social Twitter. O presidente do Conselho Europeu reiterou ainda o compromisso da União Europeia (UE) no apoio à Ucrânia, adiantando que na próxima reunião do grupo dos G7 (os sete países mais industrializados) o tema será abordado, bem como a imputação das responsabilidades à Rússia.