A União Europeia (UE) deve reforçar o controlo de vistos e a segurança das fronteiras para impedir espiões russos de entrarem no espaço Schengen, declarou esta sexta-feira a comissária europeia para os Assuntos internos, Ylva Johansson.
Corpo do artigo
Numa conferência de imprensa em Atenas sobre o controlo das fronteiras, Ylva Johansson considerou que o Presidente russo Vladimir Putin "também pretende destruir a União Europeia", apontando que a considera "uma ameaça" por causa da "democracia, liberdade e prosperidade".
"Precisamos de controlos mais estritos sobre os pedidos de vistos e de uma maior segurança nas nossas fronteiras", acrescentou a ex-ministra sueca do Mercado de Trabalho e membro do Partido social-democrata, hoje na oposição.
A 7 de março, deve entrar em vigor no espaço Schengen um novo sistema de troca de informações, precisou a comissária.
"Hoje, apenas metade dos que entram na União Europeia com um visto são controlados pelo sistema de informação que vigora no espaço Schengen. Isso significa que existem muitos russos que não são controlados", assinalou.
Os controlos biométricos são necessários no caso de os agentes utilizarem falsos passaportes, defendeu, para acrescentar que cerca de "400 espiões russos" foram expulsos da UE em 2022.
Face à necessidade de reforçar o controlo nas fronteiras e a utilização de novas tecnologias, a comissária considerou que o atual orçamento europeu de "6,6 mil milhões de euros para a proteção das fronteiras não é suficiente".
A Bulgária e a Roménia deverão também ser incluídos em 2023 no espaço Schengen com o objetivo de contribuírem para a partilha de informações policiais, disse ainda a comissária.