A União Europeia (UE) anunciou esta quinta-feira que vai renovar até 31 de janeiro de 2024 as sanções impostas contra vários setores da economia da Federação Russa, por causa da invasão à Ucrânia.
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Em comunicado, a Comissão Europeia anunciou a prorrogação das sanções impostas pela primeira vez em 2014, quando a Crimeia foi anexada, e alargadas depois de 24 de fevereiro de 2022, em resposta "à agressão militar injustificada e sem provocações da Rússia contra a Ucrânia".
As sanções da UE abrangem um "grande espetro" de setores da economia russa, nomeadamente restrições comerciais, financeiras, tecnológicas, industriais, de transportes e também produtos considerados luxuosos.
"O mundo precisa" do acordo de cereais
O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, disse hoje esperar que o acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro, suspenso pela Rússia, seja em breve retomado, "porque o mundo precisa dele".
Durante um debate com a subcomissão dos Direitos Humanos e a comissão das Liberdades Cívicas do Parlamento Europeu, em Bruxelas, o responsável da ONU disse esperar que a suspensão da Iniciativa de Cereais do Mar Negro seja apenas "um revés temporário", e sublinhou o empenho do secretário-geral da organização, António Guterres, para tornar possível a exportação de cereais ucranianos e de fertilizantes e de produtos alimentares russos, apesar da guerra em curso entre Kiev e Moscovo.
"Posso garantir-vos uma coisa, porque vi isso quando ainda estava [a trabalhar] com o secretário-geral em Nova Iorque: o secretário-geral, penso eu, não deixou uma única pedra por virar para conseguir este acordo no ano passado, e estou certo de que nos últimos meses fez exatamente o mesmo", declarou Turk, que antes de ser nomeado, no final do ano passado, para o cargo de alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, foi subsecretário-geral para a política no gabinete executivo de António Guterres.
"Espero que se trate apenas de um revés temporário e que a Iniciativa do Mar Negro continue a concretizar-se, porque o mundo precisa dela", frisou.