Manifestantes invadiram a embaixada dos EUA em Sanaa, no Iémen, em protesto contra um filme produzido por um americano judeu que goza com o Islão e que esteve na origem de um ataque em Bengazi que causou a morte ao embaixador dos EUA na Líbia. Os protestos causaram a morte a um manifestante e ferimentos em outros cinco.
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Os manifestantes, que protestam contra um filme considerado insultuoso para o Islão, tentaram infiltrar-se na embaixada norte-americana a partir da entrada norte do edifício, depois de terem sido afastados uma primeira vez pela polícia.
Fuzileiros norte-americanos atiraram para o ar
Já antes, a polícia teve de disparar para o ar para tentar dispersar os manifestantes, mas estes entraram na embaixada e atearam fogo a veículos estacionados, tendo sido depois retirados do local pela polícia.
Os manifestantes entraram na embaixada, mas não chegaram a invadir o prédio dos escritórios, mas assim que entraram na embaixada retiraram a bandeira americana e queimaram-na.
Antes de invadir a embaixada esta quinta-feira, os manifestantes protestaram retirando a placa que identificava as instalações diplomáticas e queimaram pneus.
Fuzileiros norte-americanos atiraram para o ar na tentativa de dispersar os manifestantes e a polícia antimotim iemenita lançou gás lacrimogéneo e utilizou canhões de água para retirar os manifestantes do recinto da embaixada.
Filme na origem dos protestos
Um sinal da tensão crescente no mundo islâmico, após a tradução para árabe do filme "A Inocência de Maomé", que conta uma história diferente do Profeta e que está a causar indignação entre os muçulmanos.
No Egito, a polícia lançou gas lacrimogéneo contra manifestantes que protestavam à frente da embaixada dos Estados Unidos no Cairo, segundo imagens transmitidas pela televisão pública.
Segundo o ministério da Saúde egípcio, 13 pessoas ficaram feridas em atos esporádicos que começaram durante a noite.
Na véspera, o Governo egípcio tinha apelado à população para dar provas de "contenção" quando exprimem a "ira" contra o filme sobre o islão que está a provocar vivas reações no país e faz temer novas tensões entre muçulmanos e cristãos coptas.
A confusão reina sobre a identidade do autor do filme "A inocência dos muçulmanos". Segundo a imprensa egípcia e os predicadores muçulmanos radicais, os coptas que vivem nos Estados Unidos estão envolvidos na realização do filme.
O filme pretende descrever a vida do profeta Maomé e evoca nomeadamente os temas da homossexualidade e da pedofilia.
Os Estados Unidos decidiram o envio de dois navios de guerra para a costa da Líbia, após o ataque ao consulado dos EUA em Bengasi, que causou a morte a quatro norte-americanos, entre os quais o embaixador na Líbia, Christopher Stevens.