O Governo de Barack Obama retirou 100 cidadãos norte-americanos da Tunísia, depois do ataque de sexta-feira à embaixada dos EUA por manifestantes que protestavam contra um filme considerado ofensivo para o Islão, informaram fontes da segurança tunisina.
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O filme, produzido nos Estados Unidos da América, continuou esta segunda-feira a ser alvo de protestos em vários países muçulmanos, nomeadamente no Paquistão, onde dois manifestantes foram mortos.
A retirada de cidadãos da Tunísia foi confirmada por uma fonte diplomática à agência France Presse. Fontes da segurança tunisina indicaram à mesma agência que a operação envolveu uma centena de norte-americanos, entre funcionários e residentes, retirados no domingo num avião da Tunisair.
No fim de semana, as autoridades norte-americanas anunciaram que iam retirar o pessoal diplomático não essencial da Tunísia e do Sudão, depois dos violentos protestos de sexta-feira em Tunes e em Cartum contra o filme.
Dois dias depois do ataque à embaixada dos EUA em Tunes, os funcionários regressaram esta segunda-feira ao trabalho, mas a missão mantém-se fechada ao público.
No Paquistão, dois manifestantes morreram e outro ficou ferido durante confrontos motivados pela realização do filme. Os protestos também têm sido violentos no Afeganistão, na Indonésia, no Iémen e no Azerbaijão, onde cidadãos têm participado em marchas violentas que, muitas vezes, acabam em confrontos com a polícia.
Desde o início dos protestos contra o filme, a 11 de Setembro, 19 pessoas foram mortas em todo o mundo, incluindo o embaixador dos Estados Unidos da América na Líbia.