A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, condenou, esta sexta-feira, o uso da violência por "todas as partes" na Venezuela e pediu ao governo do presidente Nicolás Maduro e à Oposição que se envolvam num "diálogo nacional".
Corpo do artigo
"Condeno a intolerância e o uso da violência por todas as partes. Insisto no direito à liberdade de expressão, associação e reunião. Cabe aos poderes públicos garantir que todos os cidadãos possam exercer livremente os seus direitos", afirmou Ashton em comunicado.
A alta representante para a Política Externa e de Segurança da UE manifestou-se "preocupada pelos contínuos distúrbios na Venezuela, entristecida pelas vítimas e alarmada pela prisão de estudantes e de figuras políticas".
No comunicado, Ashton apela ainda ao governo e oposição para "prosseguirem um diálogo global destinado a satisfazer as preocupações legítimas do povo da Venezuela".
Pelo menos seis pessoas morreram e dezenas feridas desde a semana passada, na sequência das manifestações de protesto iniciadas pela oposição venezuelana.
Ashton solicita ainda às autoridades competentes que investiguem "rapidamente, de forma profunda e imparcial em conformidade com o processo legal" as acusações emitidas a diversos líderes da oposição.
A responsável pela diplomacia europeia também considerou "essencial" que os jornalistas exerçam "livremente" a sua profissão e que os cidadãos e os políticos possam exprimir as suas opiniões nos meios de comunicação.
Maduro acusou o canal televisivo norte-americano CNN de "propaganda de guerra" contra a Venezuela e disse que foi iniciado um procedimento administrativo para impedir as emissões do canal dos Estados Unidos no país, caso mantenha a atual linha informativa.