Venezuela anuncia ter destruído dois acampamentos de narcoterroristas colombianos
O exército venezuelano anunciou, esta quarta-feira, que destruiu no sul do país dois acampamentos pertencentes a grupos Tancol, um acrónimo utilizado para classificar narcoterroristas colombianos.
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O exército "procedeu, com a ajuda de uma unidade mista de combate, à destruição de dois campos logísticos utilizados pelos grupos Tancol que invadem o território nacional", indicou numa mensagem publicada na plataforma Telegram pelo general Domingo Hernandez Larez, que afirmou ter apreendido equipamento militar, bem como panfletos da guerrilha colombiana ELN (Exército de Libertação Nacional).
O equipamento apreendido incluía munições, coletes à prova de bala e rádios.
"A Venezuela é uma zona de paz, de direito e de justiça, onde lutamos diariamente contra os grupos internacionais de narcotráfico que tentam utilizar o território nacional como plataforma para os seus fins predatórios", acrescentou o texto.
Os Estados Unidos, cujos navios de guerra conduzem operações de combate ao narcotráfico nas Caraíbas e no Pacífico, reivindicaram a autoria de 14 ataques nas últimas semanas, que terão causado 58 mortos.
O presidente norte-americano, Donald Trump, que admitiu ter autorizado operações clandestinas dos serviços secretos externos (CIA) em território venezuelano, também mencionou que tinham sido efetuados ataques terrestres contra narcoterroristas.
Washington acusou o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, de ser membro de um cartel de tráfico de droga
Para Maduro, os EUA estão a utilizar o tráfico de droga como pretexto para "impor uma mudança de regime" e apoderar-se do petróleo venezuelano.
Após a destruição de outros campos no início do mês, o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino Lopez, reiterou as garantias de Maduro de que a Venezuela estava "livre de culturas ilícitas" e sublinhou que as forças armadas estavam a combater a cocaína que transitava pelo país.
Desde o destacamento norte-americano para as Caraíbas, as autoridades têm dado a estas operações uma cobertura mediática ainda maior do que a habitual.
Desde o início de setembro, os EUA têm conduzido ataques aéreos contra embarcações suspeitas de terem ligações com cartéis de droga, sobretudo nas Caraíbas, mas também no Pacífico.
De acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse (AFP), baseada em dados das autoridades norte-americanas, 14 embarcações foram destruídas desde então.
