O governo venezuelano afirmou, esta terça-feira, que 66 crianças permanecem "sequestradas" nos Estados Unidos após serem separadas de seus pais antes do processo de deportação para a Venezuela.
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Caracas exige à administração do presidente americano, Donald Trump, que as crianças sejam entregues às autoridades venezuelanas para regressar ao país juntamente com os seus familiares.
"Temos 66 crianças sequestradas nos Estados Unidos, é um número que aumenta a cada dia, é algo muito preocupante", disse Camila Fabri, presidente do plano governamental Volta à Pátria lançado em 2018 pelo presidente Nicolás Maduro para o retorno voluntário de migrantes. "É uma política cruel e desumana. Vamos trazer de volta todas as 66 crianças", prometeu acompanhada de um grupo de mães que leram uma carta dedicada à primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, na qual pedem para interceder pelas crianças localizadas em lares de acolhimento.
Até agora, 21 crianças, entre elas Maikelys Espinoza, filha de um dos 252 imigrantes venezuelanos deportados pelos Estados Unidos para uma prisão de segurança máxima em El Salvador e libertados em 18 de julho passado após uma troca humanitária, retornaram ao país.
O chavismo tem reivindicado o retorno das crianças com manifestações e uma enorme campanha de propaganda nos meios oficiais.
Fabri, de nacionalidade italiana, indicou ainda que durante 2025 foram repatriados 10.631 imigrantes venezuelanos.
Esse número inclui deportados dos Estados Unidos e migrantes retidos no México que regressaram à Venezuela através do plano Volta à Pátria.