Vertigens levam Lula da Silva ao hospital. Presidente brasileiro diagnosticado com labirintite
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva sofreu vertigens e foi diagnosticado com "labirintite" esta segunda-feira.
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Lula, de 79 anos, sentiu vertigens e fez exames médicos num hospital de Brasília, regressando de seguida para o Palácio do Alvorada, onde recebeu ordens para a descansar. Segundo uma fonte próxima do presidente, citada pela AFP, Lula "cancelou uma parte da agenda" devido ao mal-estar.
Segundo o boletim do Hospital Sírio-Libanês divulgado pelo governo, Lula apresentou um "quadro de vertigem, com diagnóstico de labirintite" e "deve permanecer em repouso ao longo do dia". Os exames de imagem e de sangue tiveram resultados "todos dentro da normalidade", apontaram os médicos.
A labirintite é uma inflamação que afeta o labirinto, uma região do ouvido responsável pela audição e equilíbrio, causando sintomas como tontura, vertigem, falta de equilíbrio, perda de audição, náuseas ou mal-estar geral. A labirintite pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em idosos, podendo ser causada por infeções virais ou bacterianas, diabetes, pressão alta ou fatores emocionais como stress, ansiedade ou depressão.
Este episódio é o problema de saúde mais recente do presidente brasileiro. Em dezembro, foi operado de urgência em São Paulo para drenar um hematoma causado por um acidente que sofreu em outubro, quando bateu com a nuca ao cair na casa de banho da residência oficial.
Depois de afirmar que estava recuperado em janeiro, retomou a agenda de reuniões e viagens internacionais, incluindo visitas à China, Rússia, Vietname e Japão. No entanto, esse novo problema de saúde, depois do cancro de laringe em 2011 e de uma cirurgia ao quadril em 2023, levantou dúvidas sobre a sua capacidade de concorrer nas eleições presidenciais do próximo ano, o que não descartou.
O seu principal opositor político, Jair Bolsonaro, também lida com problemas de saúde. Aos 70 anos, Bolsonaro foi submetido, em abril, a uma difícil cirurgia abdominal por problemas derivados da facada que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018. O líder da extrema-direita insiste em que será candidato nas eleições de 2026, apesar de estar inelegível e enfrentar um julgamento por tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF).