O vice-consulado de Portugal em Vigo, Galiza, está esta quinta-feira a funcionar extraordinariamente, por ser feriado naquela região autónoma espanhola, para apoiar qualquer pedido de cidadãos portugueses eventualmente envolvidos no acidente ferroviário de Santiago de Compostela.
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Fonte consular contactada pela agência Lusa confirmou que aquele vice-consulado está a trabalhar com duas funcionárias desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira situação que se manterá "enquanto houver necessidade".
Esta quinta-feira é feriado na Galiza, dia daquela região de Espanha.
"Até ao momento não foram recebidos pedidos de informação ou de ajuda por parte de cidadãos portugueses no vice-consulado de Vigo", explicou a mesma fonte.
Apesar de estar em contacto com as autoridades espanholas, o Governo português ainda não tem informação sobre a nacionalidade dos 78 mortos já contabilizados no acidente, em consequência de um descarrilamento de um comboio.
Também a partir do vice-consulado português em Vigo têm sido feitos contactos para o Governo Regional da Galiza, mas ainda não são conhecidas nacionalidades das vítimas mortais, precisou a mesma fonte.
Contactado pela agência Lusa, o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, admitiu também não ter ainda informações, apesar de estar em contacto com as autoridades espanholas.
Para seguir o caso mais de perto, o cônsul português em Vigo interrompeu as férias "e foi para lá [o acidente foi perto de Santiago de Compostela] ontem [na quarta-feira] à noite", adiantou José Cesário.
O descarrilamento do comboio, que também provocou 130 feridos, aconteceu cerca das às 20.40 horas locais (19.40 em Portugal continental) de quarta-feira, alegadamente devido a excesso de velocidade, sendo que os dois maquinistas sobreviveram ao acidente.
A polícia espanhola disponibilizou três especialistas, que já partiram para Santiago de Compostela, para colaborar na identificação dos cadáveres, e que se vão juntar a outros seis agentes para tornar a operação mais rápida.
Este é o terceiro acidente mais grave da história ferroviária em Espanha e o primeiro com mortes a lamentar nas linhas de alta velocidade do país.