Vinte e um dirigentes da oposição do Bahrein acusados de "tentativa de derrubar a monarquia"
Vinte e um dirigentes da oposição no Bahrein foram acusados por um tribunal de "tentativa de derrubar a monarquia" e de "pertença a organização terrorista", crimes pelos quais podem ser condenados à morte, segundo a agência oficial Bna.
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Dos acusados, 14 foram presentes a tribunal este domingo, sendo os restantes sete julgados à revelia.
Apenas os advogados e dois familiares de cada acusado foram autorizados a assistir ao julgamento, cuja próxima audiência foi marcada para quinta-feira, segundo o director do Centro do Bahrein para os Direitos Humanos, Nabil Rajab. Também segundo Rajab, os acusados incorrem numa condenação à morte.
Entre os acusados figura Ibrahim Sherif, líder sunita do grupo Waed, uma formação da esquerda laica que teve um papel central no movimento de contestação ao regime suprimido em meados de Março pelas autoridades, segundo a agência.
Além de Sherif, o grupo inclui também Hassan Mashaima, líder do movimento da oposição xiita Haq, Abdelwahab Hussein, líder do movimento xiita Wafa, e Abdelhadi al-Khawaja, militante dos direitos humanos xiita.
Todos são acusados de "formar e dirigir um grupo terrorista com o objectivo de mudar a Constituição e o regime monárquico", segundo a agência.
Os oposicionistas são também acusados de "ter entrado em contacto com um grupo terrorista no estrangeiro, que actua em função dos interesses de um país estrangeiro realizando actos hostis ao reino do Bahrein" e "recolhas de fundos para esse grupo".
Esta acusação é uma aparente referência a um alegado apoio do Irão ao movimento de protesto no Bahrein.