O principal instituto de investigação do Brasil anunciou que o vírus zika foi detetado em urina e saliva, mas não há provas de que seja transmissível por esses fluidos.
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"A presença do vírus zika ativo foi encontrada na saliva e na urina", disse à imprensa Paulo Gadelha, diretor do Instituto Fiocruz, no Rio de Janeiro.
"Mas isso não significa que exista capacidade de transmissão através da saliva e da urina", frisou, acrescentando que "será necessária uma série de exames para clarificar a questão".
O zika, transmitido por mosquitos, tem poucos efeitos na maioria das pessoas, mas crê-se que é responsável por graves deficiências congénitas em bebés nascidos de mães infetadas.
Uma vaga de novos casos no Brasil e outros países da América Latina desencadeou alertas contra viagens de mulheres grávidas para a região e está a aumentar o receio de que as viagens para os Jogos Olímpicos, que se realizam em agosto no Rio, sejam afetadas.
Há ainda muita informação por esclarecer sobre o vírus, incluindo se pode ser transmitido de pessoa para pessoa.
Contudo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselhou na quinta-feira os países a não aceitarem doações de sangue de pessoas que tenham estado em países com casos de zika.