Vitória é a palavra que se ouve no Bairro da Penha depois da ocupação pela Polícia
Vitória é a palavra que se está a ouvir pelas ruas do Bairro da Penha, nos acessos das favelas do Complexo do Alemão, nos subúrbios do Rio de Janeiro.
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O sentimento é de alívio entre a população que se diz agora livre, após a ocupação da polícia e militares de uma das áreas com os mais altos índices de criminalidade do Rio de Janeiro.
A Lusa está acompanhar a operação de ocupação pelas forças de segurança num dos acessos do Bairro da Grota, uma área onde se concentraram os confrontos.
Inúmeras equipas de jornalistas estão a aguardar novas informações sobre a evolução da situação.
Na rua Joaquim Queiroz, uma das principais à volta do Complexo do Alemão, o movimento de veículos está limitado aos carros da imprensa, além das viaturas e blindados dos agentes das Forças Armadas.
Após quatro dias de intensas operações e confrontos, a população está a tentar retomar a sua rotina.
Muitos curiosos reúnem-se no local onde se encontram os jornalistas e acompanham a movimentação.
A Polícia Militar anunciou a apreensão de cerca de 50 quilos de drogas, quatro pistolas e de uma espingarda Sal 767, de uso exclusivo das Forças Armadas.
"A população está a dar sinais", referiu um dos chefes da Polícia Militar comentando a grande quantidade de moradores que serve de informadores da polícia.
Os agentes policiais estão a realizar buscas nas casas abandonadas da comunidade para procurar vestígios de armas e munições.
A Polícia já deteve dezenas de pessoas e há pouco foi anunciada a prisão de um traficante acusado de ser um dos assassinos de um jornalista da TV Globo, Tim Lopes, em 2002.
O início da ocupação desta área por cerca de 2.600 agentes de segurança, entre militares e polícias, foi às 8 horas locais, 10 horas em Lisboa.
Após quase cinco horas de intensas operações e confrontos, as autoridades informaram que a polícia já tinha o controlo da comunidade.