"Vou morrer". Ex-senador republicano Ben Sasse diagnosticado com cancro do pâncreas

Ben Sasse foi um dos sete republicanos que votou a favor da condenação de Trump por incitamento à insurreição
Foto: Ben Sasse/Facebook
O republicano Ben Sasse, que representou o Nebraska no Senado norte-americano de 2015 a 2023, anunciou que tem cancro do pâncreas, afirmando numa longa publicação nas redes sociais que o seu diagnóstico é uma "sentença de morte".
"Amigos, é difícil escrever esta mensagem, mas como muitos de vós já começaram a suspeitar de alguma coisa, vou direto ao assunto: na semana passada, foi-me diagnosticado um cancro do pâncreas metastático em estágio quatro e vou morrer", publicou Sasse, de 53 anos, no Facebook na terça-feira."O cancro pancreático avançado é uma doença terrível; é uma sentença de morte. Mas eu já tinha uma sentença de morte antes da semana passada também - todos nós temos".
Casado e com três filhos, Sasse, que cresceu na denominação luterana e é agora presbiteriano, escreveu sobre fazer o seu anúncio durante o Advento: "Como cristão, as semanas que antecedem o Natal são um tempo para orientar os nossos corações para a esperança do que está para vir". "Terei mais a dizer", escreveu ainda. "Não vou desistir sem lutar".
Durante o seu período no Senado, Sasse, formado pelas Universidades de Harvard e Yale, criticou frequentemente Trump, mas alinhou com o presidente em políticas importantes. Por outro lado, é recordado por ter sido um dos sete republicanos que votou a favor da condenação de Trump por incitamento à insurreição no seu segundo julgamento de impeachment em 2021. Embora Trump já não estivesse em funções na altura da votação, uma condenação tê-lo-ia impedido de regressar à Casa Branca, de acordo com a emissora britânica BBC.
"Um Congresso fraco e tímido submeter-se-á cada vez mais a uma presidência ousada e fortalecida", disse Sasse, na altura. "Isto é inaceitável. Esta instituição precisa de se respeitar o suficiente para dizer ao Executivo que certas linhas não podem ser ultrapassadas".
Após deixar o Capitólio, Sasse desempenhou as funções de reitor da Universidade da Florida. Deixou o cargo em julho de 2024, alegando problemas de saúde da mulher, que tinha sofrido um AVC recentemente. Posteriormente, uma auditoria conduzida pelo Auditor Geral da Florida constatou que Sasse gastou indevidamente fundos da universidade, acusação que Sasse nega.

