O governo dos Estados Unidos pagou 3,2 milhões de dólares (2,6 milhões de euros) a Alan Gross pelos cinco anos que passou detido em Cuba.
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Alan Gross, o norte-americano que estava detido em Cuba e foi libertado, no passado dia 17, no âmbito do acordo para restabelecimento de relações diplomáticas entre Washington e Havana, recebeu uma indemnização da Administração de Barack Obama de 3,2 milhões de dólares (2,6 milhões de euros) pelos cinco anos que passou sob detenção.
Segundo um comunicado da agência de ajuda ao desenvolvimento (USAID, sigla em inglês), a indemnização põe termo a um processo civil que exigia 7 milhões de dólares (5,7 milhões de euros) a Washington pela detenção de Gross no aeroporto de Havana, em 2009.
O processo foi apresentado pela empresa que contratou Gross para viajar para Cuba (DAI), no âmbito de um protocolo com a USAID de promoção da democracia na ilha dos irmãos Castro.
Gross foi condenado a 15 anos de prisão em 2011 e acusado de espionagem, depois das forças de segurança cubanas terem encontrado em seu poder telefones celulares e materiais para montagem de uma rede de acesso à internet à margem do controlo do regime cubano.
"Este acordo evita os custos, demoras e futuros procedimentos e não constitui qualquer reconhecimento de culpa de ambas as partes", sublinhou a USAID em comunicado.
Apesar do processo ter sido apresentado pela empresa que contratou Gross, o dinheiro da indemnização foi inteiramente para o norte-americano, de 65 anos.