
Volodymyr Zelensky
Presidência da Ucrânia/AFP
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, congratulou-se com os "resultados significativos" da contraofensiva ucraniana no leste do país, num momento em que a cidade estratégica de Lyman, controlada pelas forças russas, está parcialmente cercada pelas tropas de Kiev.
"Temos resultados significativos no leste do país (...) Todos já ouviram falar do que está a acontecer em Lyman, na região de Donetsk. São etapas que significam muito para nós", salientou o chefe de Estado ucraniano no seu habitual vídeo diário dirigido à nação.
Zelensky elogiou todos os combatentes pela Ucrânia, defendendo que "todo o território" deve ser libertado.
O governante reconheceu que o "caminho é difícil", embora claro: "É o caminho da independência, integridade territorial, integração no mundo civilizado e desenvolvimento social".
"Esta será a melhor prova de que o direito internacional e os valores humanos não podem ser violados por nenhum Estado terrorista, mesmo um tão descarado como a Rússia", frisou, num discurso divulgado no mesmo dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, formalizou a anexação de quatro regiões ucranianas.
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Putin assinou esta sexta-feira, em Moscovo, os tratados de anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, apesar da condenação internacional e da Ucrânia.
As quatro regiões representam cerca de 15% do território da Ucrânia, ou cerca de 100 mil quilómetros quadrados, um pouco mais do que a dimensão de países como a Hungria e Portugal ou um pouco menos do que a Bulgária, segundo a agência espanhola Efe.</p>
A assinatura da anexação das quatro regiões do leste e sul Ucrânia, que a Rússia controla apenas parcialmente, seguiu-se a um discurso de Putin, que defendeu a "decisão inequívoca" dos cidadãos daqueles territórios, manifestada em referendo não reconhecidos por Kiev nem pela comunidade internacional.
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Sobre ao ataque mortal ocorrido esta sexta-feira contra civis em Zaporíjia, Zelensky denunciou "um assassinato deliberado e absolutamente calculado" pelo Exército russo.
Um ataque russo a um comboio humanitário na cidade de Zaporíjia resultou em pelo menos 30 mortos e 28 feridos, referiu o chefe de Estado ucraniano, no mais recente balanço.
Já as autoridades de ocupação pró-Rússia em Zaporíjia acusaram as forças ucranianas de terem disparado contra estes veículos para impedir que civis que esperavam chegassem à área sob controlo russo.</p>
