O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, este sábado, que as forças ucranianas estão prontas para uma contraofensiva para repelir a invasão de Moscovo, admitindo mais perigosidade sem ajuda ocidental para a defesa antiaérea.
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"Para mim, a partir de hoje estamos prontos. Acreditamos firmemente que vamos conseguir", declarou Zelensky em entrevista ao jornal norte-americano "Wall Street Journal", salientando que a ofensiva contra os russos será mais perigosa para os ucranianos sem ajuda dos países ocidentais para a defesa antiaérea.
"Toda a gente sabe que uma contraofensiva sem superioridade aérea é muito perigosa", indicou, acrescentando que não há uma estimativa para o tempo que poderá demorar.
As baterias de mísseis Patriot, usadas contra aviões de combate ou mísseis, são sistemas de armas capazes de proteger os céus da Ucrânia porque "priva a Rússia da sua capacidade de intimidar milhões de pessoas".
Zelensky admitiu ainda na entrevista que a Ucrânia não poderá aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) enquanto estiver em guerra com a Rússia.
"Não queremos ser membro da NATO durante a guerra", declarou, pedindo no entanto aos países da Aliança Atlântica que deem "um sinal" de uma possível futura adesão durante a cimeira que decorrerá em Vilnius, na Lituânia, em 11 e 12 de julho.
"Se não formos reconhecidos e não recebermos um sinal em Vilnius [sobre uma possível adesão no futuro], penso que será inútil a Ucrânia participar", considerou.