O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou esta quinta-feira que a Ucrânia "não cedeu e vai triunfar" sobre as tropas russas e "o terror", na véspera do primeiro aniversário da invasão russa do país.
Corpo do artigo
"Não cedemos, superámos muitas dificuldades e vamos triunfar. Vamos responsabilizar todos os que trouxeram este mal, esta guerra para a nossa terra", disse o chefe de Estado ucraniano, numa mensagem publicada nas redes sociais.
"Todo o terror, todos os assassinatos, todas as torturas, todos os roubos", afirmou Zelensky, acrescentando que a Rússia escolheu "o caminho dos assassinatos, do terrorismo, o caminho da tortura, dos roubos" ao desencadear a guerra e que esta "escolha de Estado" levará inevitavelmente "à responsabilização do Estado pelo terror cometido".
O sentido de resistência e o otimismo de Zelensky são, aliás, sentimentos quase unânimes no país.
De acordo com os resultados de uma sondagem realizada no início de fevereiro pelo instituto ucraniano Rating Group, 95% dos ucranianos acreditam na vitória do seu país sobre a Rússia.
Ao mesmo tempo, 97% dos ucranianos entrevistados dizem confiar no seu exército (contra 65% em 2019) e 90% confiam no presidente, número muito superior ao que se verificava em janeiro de 2022 (36%).
Quase um em cada cinco ucranianos (17%) disse ter perdido um ente querido na guerra, pelo que mais da metade (58%) considera "impossível" restabelecer relações amistosas com os russos e os bielorrussos, cujo país é aliado de Moscovo.
Para 22%, essa recuperação só é possível "daqui a 20 ou 30 anos" e para 11%, "daqui a 10 ou 15 anos".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).