O Conselho de Segurança da ONU impôs, por unanimidade, novas sanções à Coreia do Norte em resposta ao ensaio de um míssil balístico intercontinental no final de novembro e que poderá atingir território dos Estados Unidos.
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Os 15 Estados-membros do Conselho de Segurança aprovaram esta sexta-feira por unanimidade uma resolução proposta pelos Estados Unidos que endurece as amplas sanções internacionais contra o regime de Kim Jong-un.
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As novas sanções incluem sérias restrições ao envio de produtos petrolíferos para Pyongyang e a repatriação dos norte-coreanos que trabalham no estrangeiro, e cujos rendimentos beneficiam o Governo do país.
Segundo os EUA, a resolução reduzirá em 89% o acesso do regime a gasolina, gasóleo e outros derivados do petróleo.
Em paralelo, inclui provisões nas quais o Conselho de Segurança se compromete a impor novas reduções no fornecimento de petróleo ao país em caso de novos ensaios com mísseis balísticos intercontinentais.
Em relação aos trabalhadores norte-coreanos no exterior, o texto requer a todos os países que os expulsem num prazo máximo de dois anos.
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Washington indicou que cerca de 100 mil norte-coreanos trabalham fora do país, na sua maioria na China e Rússia. Os EUA asseguram que os impostos que estes trabalhadores pagam ao Estado norte-coreano geram mais de 500 milhões de dólares (421 milhões de euros) anuais.
O objetivo da medida, insistem os seus promotores, consiste em dificultar o financiamento dos programas de armamento norte-coreanos e forçar Pyongyang a negociar.
Em 2017 a ONU endureceu por várias vezes as sanções contra a Coreia do Norte em resposta ao incremento dos ensaios nucleares e de mísseis concretizados pelo regime.
As decisões agora aprovadas são uma resposta ao ensaio realizado em finais de novembro, quando foi utilizado um míssil balístico mais avançado.
Segundo Pyongyang e numerosos especialistas, o projétil tem capacidade para alcançar todo o território continental dos Estados Unidos.