Quinze detidos morreram em confrontos numa prisão no Estado do Amazonas, no norte do Brasil.
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O anterior balanço apontava para oito mortos.
Segundo um comunicado da secretaria de Estado de Administração Penitenciária, grupos rivais começaram a lutar entre si pelas 12 horas de sábado, tendo sido enviados rapidamente reforços para o Complexo Penitenciário Anisio Jobim (COMPAJ).
Foi uma luta entre os detidos
O confronto entre os presos começou durante o horário de visita do complexo, localizado a 28 quilómetros de Manaus, capital do Amazonas, disse a administração da prisão.
Esta cadeia já tinha sido palco, em janeiro de 2017, de um motim que causou 56 mortos e durou 20 horas.
"Esta foi uma luta entre os detidos", disse o responsável da prisão regional, coronel Vinicius Almeida, em conferência de imprensa. "Algumas mortes foram causadas por asfixia, outras por perfuração com objetos pontiagudos como escovas de dentes", acrescentou.
As mortes resultaram de uma luta "entre dois grupos organizados da penitenciária, que têm conflitos entre eles, e que aproveitaram o momento das visitas familiares para realizar esta ação", afirmou o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Louismar Bonates, em declarações ao jornal "Folha de São Paulo".
A polícia pôs fim aos confrontos após 40 minutos, sem quaisquer registos de fugas ou reféns e nenhum funcionário da prisão foi morto ou ferido, disseram as autoridades.
Com quase 727 mil presos em 2016, o Brasil tem a terceira maior população prisional do mundo.