Cinco polícias de uma esquadra em Verona, no Nordeste de Itália estão em prisão preventiva domiciliária, correndo uma investigação por torturas, insultos e ódio racista contra migrantes, pelo menos entre julho de 2022 e março passado.
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Segundo o diário "La Stampa", um inspetor e quatro agentes estão acusados de espancar e de insultar várias pessoas sob detenção. Outros 12 agentes nada fizeram para impedir os abusos.
O diário britânico "The Guardian", citando investigadores, refere dois detidos impedidos de usar a casa de banho e forçados a urinar no chão da cela, sendo depois arrastados como se fossem esfregonas para o limpar.
São também descritos casos em que migrantes foram atacados diretamente nos olhos com gás-pimenta e na cabeça com pontapés, até desmaiarem. Um dos agentes gabou-se à namorada, numa chamada intercetada, de ter espancado e proferido insultos xenófobos e racistas.
Outros casos
Na semana passada, três guardas fronteiriços foram colocados sob investigação por suspeita de participação em um naufrágio na costa Sul do país, neste ano, que matou mais de 90 imigrantes, depois de terem abandonado a busca de uma embarcação sobrelotada.
No final de maio, uma transgénero brasileira, de 41 anos, processou três agentes de Milão, acusando-os de a terem espancado com os cassetetes e pulverizado com gás lacrimogéneo, apesar de a vítima permanecer no chão, na rua, de mãos levantadas.