O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que os russos, na ânsia de desviar atenções, anunciaram o ataque à estação de comboios de Kramatorsk antes deste ocorrer.
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"Os propagandistas da Rússia estavam com tanta pressa em desviar as responsabilidades do ataque para as forças ucranianas que acidentalmente denunciaram a Rússia", disse Zelensky. A agência de notícias oficial russa, a Ria Novosti, "anunciou a estação de Kramatorsk tinha sido atacada quando os mísseis ainda estavam no ar", acrescentou o presidente ucraniano na habitual mensagem de fim de dia gravada no Facebook.
O ataque causou a morte a pelo menos 50 pessoas, entre as quais cinco crianças. "Este é outro crime de guerra russo pelo qual todos os envolvidos serão responsabilizados", disse Zelensky.
"As potências mundiais já condenaram o ataque da Rússia a Kramatorsk. Esperamos uma forte resposta global a este crime de guerra", afirmou Zelensky. Tal como "nos massacres em Bucha, como em muitos outros crimes de guerra russos, o ataque com mísseis em Kramatorsk é uma das acusações que devem ser levadas a tribunal".
Apesar de a estação estar localizada num território controlado pelo governo ucraniano, no Donbass, a Rússia acusou a Ucrânia da autoria do ataque. Especialistas ocidentais rejeitaram contudo as afirmações do porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, de que as forças russas "não usam" o tipo de míssil que atingiu a estação de comboios.