A enfrentar a pior seca de sempre, Algarve prepara-se para fechar a torneira
Em cima da mesa estão cortes da ordem de 70% nos consumos na agricultura e de 15% no setor urbano. Agravamento do tarifário e fim dos segundos contadores em análise.
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Em seca hidrológica há nove anos consecutivos, e com as reservas de água no nível mais baixo desde que há registo, o Algarve prepara-se para enfrentar medidas musculadas para fazer face à escassez hídrica. Que passam por cortes nas disponibilidades, tanto na agricultura como no consumo urbano. Não se descartando agravamentos nos tarifários para travar consumos excessivos. Porque, garante ao JN o presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, António Pina, se nada for feito a água só chega até ao final do próximo verão.
“Nunca o Algarve teve tão pouca água, nem na pior seca, de 2005”, vinca, ao JN, o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Com o conjunto das suas seis albufeiras a 25%, menos 20 pontos percentuais face a igual período do ano passado, o equivalente a menos 90 hectómetros cúbicos, a região enfrenta, “há nove anos, cumulativamente, uma seca duradoura”, afirma Pimenta Machado.