Houve 218 657 ocorrências dentro e fora de portas que conduziram aos serviços de urgência em 2022. Quedas são a principal causa.
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Os acidentes domésticos e em contexto de lazer, que implicam o recurso aos serviços de urgência, estão a aumentar e atingiram, em 2022, o valor mais alto dos últimos cinco anos. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), no ano passado, registaram-se 218 657 acidentes dentro e fora de portas. Trata-se de um aumento de cerca de 4% face a 2021, numa média diária de 599 casos. As quedas são o mecanismo de lesão mais frequente e os acidentes afetam, sobretudo, os grupos mais vulneráveis: crianças e idosos.
Estes e outros indicadores são, hoje, apresentados e discutidos num webinar promovido pelo INSA sob o mote “Acidentes domésticos e de lazer, um problema nos idosos e nas crianças”. Numa análise dos dados, Tatiana Alves, coordenadora do sistema EVITA - epidemiologia e vigilância dos traumatismos e acidentes, sediado no departamento de epidemiologia do INSA, reconhece que, em 2022, registou-se “o maior número de notificações face a 2019”, mas ressalva que os dados de 2020 e 2021 foram marcados pela pandemia de covid-19 e por uma diminuição do recurso aos serviços de saúde.