A candidatura da Aliança Democrática (AD) no Algarve lançou um manifesto, onde pede que os imigrantes sejam incluídos na sociedade “com serenidade e segurança” e de uma “forma sensata e controlada”.
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Depois das palavras do antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho terem sido fortemente criticadas por ter associado a imigração à insegurança, a candidatura da Aliança Democrática (AD) do Algarve lançou um manifesto onde esclarece a posição da coligação.
Num documento, assinado pelo mandatário distrital, Mendes Bota, e pelo presidente da Comissão de Honra, Macário Correia, a candidatura da AD no Algarve lembra que os imigrantes são “a mão de obra essencial para a agricultura, para o turismo e para a construção civil”.
“Com todos eles temos que saber viver e trabalhar. Temos de ter a moderação e o equilíbrio de, em serenidade e em segurança, com todos partilhar a nossa vida. A aproximação e a inclusão devem ser a regra, de forma sensata e controlada”, sustenta o manifesto assinado pelos presidentes da Câmara de Castro Marim (Francisco Amaral), Albufeira (João Carlos Rolo) e Faro (Rogério Bacalhau).
Embora não mencione o nome, a AD/Algarve contesta, nesse sentido, o discurso de partidos como o Chega, ao referir que "não podemos embarcar na demagogia de quem tudo promete a todos com gritaria, de quem sabe tudo e tudo resolve no dia seguinte. Somos contra a corrupção, mas não podemos olhar a todos como prováveis corruptos”.
“Compreendemos todos os protestos pelo mau funcionamento do Estado, mas não acreditamos em salvadores mágicos com ataques a tudo. Será com pragmatismo e com determinação que as coisas se resolvem”, defende a AD, no referido manifesto, assinado também por ex-autarcas como Luís Gomes, Desidério Silva, Rui André e Rogério Pinto.
Para a coligação, “no Algarve, como em todo o país, o bom senso, o equilíbrio, a moderação e as reformas essenciais do Estado têm de ser o novo rumo”.