Um movimento de agricultores portugueses promete, esta quinta-feira, bloquear estradas nas zonas de fronteira e em vários pontos do país para travar a entrada de alimentos vindos de fora de Portugal.
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Os protestos só terminam, diz um dos porta-vozes do movimento ao JN, quando os agricultores “forem ressarcidos integralmente pelo Estado”. Em causa está o pagamento de apoios do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC). O JN sabe que há autoridades policiais de prevenção para as manifestações, dado o receio de “instrumentalização”, mas o movimento de agricultores garante que não haverá distúrbios ou violência.
“Os agricultores assinaram contratos com o Ministério da Agricultura em que houve compromissos da nossa parte sobre a produção biológica e a produção ecológica”, afirma António Saldanha, porta-voz da região do Alentejo do Movimento Civil Agricultores de Portugal. Esses mesmos compromissos detalhavam que o Governo iria apoiar financeiramente os agricultores que enveredassem por um uso mais sustentável da terra, explica o agricultor de 43 anos, de Évora. No entanto, o dinheiro não chegou à conta até ao dia 30 de dezembro. “Fomos informados de que seríamos pagos até 25 de janeiro”, diz.