Alterações climáticas estão a levar ao aumento de microrganismos marinhos que não integram as análises oficiais. Associação ecologista Zero diz que este ano se registam mais casos de interdição de praias.
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Este ano, desde o início da época balnear - que arrancou a 15 de maio no Algarve e depois no resto do país -, já foram interditas cerca de 30 praias e noutras 29 foram desaconselhados ou proibidos os banhos, devido à qualidade da água, de acordo com a Zero-Associação Sistema Terrestre Sustentável. No entanto, os especialistas afirmam que as análises à água deveriam ser mais rigorosas, ter em conta outros fatores e abranger um maior número de bactérias testadas, algumas das quais têm sido ampliadas pelas alterações climáticas e com efeitos na saúde pública.
Em Portugal existem 658 praias balneares: 506 costeiras e 152 fluviais. De acordo com a Zero, o número de areais com problemas aumentou em relação ao ano passado. “O desaconselhamento ou proibição de banhos, mesmo que durante um curto período de tempo, afetou 29 praias, mais sete do que em período semelhante do ano passado”, afirmou a associação. Além destas, até 10 de agosto, tinham sido interditas 28 praias e, ontem, “foram mais duas, em Viana do Castelo”, garantiu Francisco Ferreira, presidente da Zero.