Aguiar-Branco satisfeito com a possibilidade de Costa assumir alto cargo europeu
O presidente da Assembleia da República mostrou-se, esta terça-feira, satisfeito com a possibilidade de o ex-primeiro-ministro António Costa vir a liderar o Conselho Europeu.
Corpo do artigo
"A concretizar-se [nomeação de Costa] acompanho a satisfação que todos têm em que possamos ter num alto cargo europeu um português, isso é bom para Portugal", assumiu José Pedro Aguiar-Branco à margem da conferência "BIAL 100 Years -- Shaping the Future", que decorreu no Porto e que contou com a presença do Presidente da República.
Para Portugal, "é bom que haja um português num alto cargo europeu", reafirmou.
"Acho que devemos estar satisfeitos por esse consenso existir, acho que o mundo precisa de consensos e que Portugal precisa de consensos", acrescentou.
Aguiar-Branco insistiu que Portugal precisa de consensos, nomeadamente na Assembleia da República e na resolução das muitas matérias de que os portugueses precisam para resolver os seus problemas.
"É bom quando colocamos em primeiro lugar o interesse nacional", sublinhou.
Os seis chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) que, no Conselho Europeu, estão a negociar os cargos de topo, incluindo a nomeação de António Costa, chegaram hoje a acordo preliminar, avançaram fontes europeias à Lusa.
Depois de uma primeira tentativa falhada para acordo no jantar informal de líderes da UE a 17 de junho passado, estes negociadores (de centro-direita, socialistas e liberais) têm estado em conversações sobre os cargos de topo europeus no próximo ciclo institucional, discutindo-se o nome de António Costa para a liderança do Conselho Europeu, o de Ursula von der Leyen para segundo mandato na Comissão Europeia e o da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para chefe da diplomacia comunitária.
Além do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, que já disse que apoiaria a nomeação de António Costa, há outros 11 chefes de Governo e de Estado do Partido Popular Europeu (PPE), de países como Grécia, Croácia, Letónia, Suécia, Áustria, Irlanda, Roménia, Finlândia, Chipre, Polónia e Luxemburgo, que assumiram o apoio ao antigo governante português.
É também o Conselho Europeu que propõe o candidato a presidente da Comissão Europeia, instituição que tem vindo a ser liderada desde 2019 por Ursula von der Leyen, num aval final que cabe depois ao Parlamento Europeu, que vota por maioria absoluta (metade dos 720 eurodeputados mais um).