Almada é considerada a cidade onde mais se reclama, seguida de Queluz e Vila Nova de Gaia. As conclusões resultam de um inquérito realizado pela Preply. Custo de vida, acesso à habitação e transportes públicos são as áreas onde há maior descontentamento.
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Reclamar é um ato que acontece diariamente em qualquer parte do mundo. E Portugal não é exceção, muito pelo contrário.
Um estudo da Preply – plataforma online de idiomas, estudos e pesquisas – divulgou um ranking, realizado com 1,1 mil portugueses, para tentar descobrir quais as cidades “onde mais se reclama” em Portugal. No pódio estão três: Almada, Queluz e Vila Nova de Gaia.
Segurança, trabalho e custo de vida são, geralmente, os três fatores que mais fazem reclamar. Da mesma forma, em Portugal, especificamente, as razões de desagrado são, essencialmente, as que estão relacionadas com o custo de vida, os transportes públicos, bem como a oferta disponível e custo acessível de moradias.
O estudo da Preply entrevistou e analisou os dados de 1,1 mil pessoas de várias regiões através de dez questões específicas, que, segundo a Preply, permitiram “criar rankings comparativos sobre este hábito nas várias regiões de Portugal”, avaliando quantas pessoas reclamam de norte a sul do país, em que situações e quem são os maiores “reclamões”. Para tal, foi pedido, “nas últimas semanas, que os inquiridos partilhassem o quanto protestam no seu dia a dia, desde os grupos sociais com quem mais dividem as suas queixas até às situações em que é quase impossível não se transformar num verdadeiro ‘queixoso’", refere comunicado da empresa.
A escala utilizada foi de 0 a 10 e as cidades que se destacaram foram Almada, com escala de 8 em 10, e Queluz e Vila Nova de Gaia, ambas com 6,5 numa escala de zero a dez. As cidades que se seguiram foram Sintra (6,3 em 10) e Braga (6,2 em 10). Contrariamente, quando falamos das cidades em que menos se reclama em Portugal, estas são, respetivamente Barreiro (pontuação de 2,8), Agualva-Cacém e Coimbra (ambas com pontuação de 4), seguidas do Funchal (4,2 em 10) e de Gondomar (4,4 em 10).
Quando falamos das principais causas para reclamar, as estatísticas revelam que o custo de vida em Portugal está no topo das preocupações (42,8%), seguida da oferta e custo acessível de moradias (34,7%), o transporte público (32,5%) e as condições de trânsito e estradas (30,4%), além de fatores como a qualidade dos serviços de saúde (32,5%), que influenciam o equilíbrio mental da população.
A Preply realizou, igualmente, o mesmo estudo para o Brasil, onde os donos do ranking foram as cidades de Curitiba, no Paraná (com 7,8) e Belo Horizonte, em Minas Gerais, e Manaus, no Amazonas (ambos com 7,5).