Alojamento estudantil: "É um abuso, porque sabem que as pessoas estão aflitas"
Beatriz ficou surpresa com pedido de duas rendas e caução em Aveiro. Paulo já pondera viver numa caravana. Alice segurou casa antes de ser colocada.
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Paulo Senra, estudante do último ano do curso de Belas-Artes na Universidade do Porto, tem de sair do quarto onde está até ao final de setembro. Paga 400 euros mensais e só encontra alojamento a preços superiores. “Há quatro anos, os preços eram mais acessíveis e arranjava-se com muito mais facilidade. Agora, é extremamente difícil”, desabafa, revelando que até já equaciona outras alternativas, como “um bungalow num parque de campismo ou alugar uma caravana”.
“Está impossível no Porto”, garante o jovem natural de Barcelos, que reparte os estudos com um emprego em part-time na área da restauração e trabalhos de freelancer na área da fotografia, para aumentar os rendimentos. Por ter pouco tempo, Paulo Senra tem procurado, sobretudo, em plataformas online. Nos últimos dois meses, já estabeleceu cerca de 40 contactos.