Pedro Bacelar de Vasconcelos, deputado do PS, declarou esta quarta-feira, num artigo de opinião publicado no JN, o seu apoio à candidatura presidencial de Ana Gomes. O parlamentar, que deixou elogios à "frontalidade" e ao "amor à liberdade" da sua companheira de partido, acredita que irão existir mais personalidades do PS a apoiar a candidata.
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Em conversa telefónica com o JN, o deputado e professor universitário garantiu que será a primeira de várias figuras socialistas de relevo a assumir o apoio a Ana Gomes que, como o JN adiantou, tem o ex-ministro Paulo Pedroso na sua direção de campanha. "Penso que uma parte substancial do PS e dos seus representantes eleitos irão, a seu tempo, apoiar a candidatura" da militante socialista - que, por enquanto conta apenas com o apoio do Livre.
Pedro Bacelar de Vasconcelos disse apoiar Ana Gomes por se tratar de "uma pessoa atenta às grandes aflições dos tempos que vivemos", como a corrupção ou "a crise de falta de confiança no sistema e nos seus representantes". "Tem causas concretas, luta por elas e tem um currículo que atesta a sua determinação e coragem", sublinhou.
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Para o deputado, o percurso da candidata tem-se pautado pela "frontalidade, pelo amor à liberdade e democracia e pela defesa dos direitos humanos, tanto em Timor-Leste como no Parlamento Europeu e no nosso país". Por ter uma "atitude responsável e atenta ao que se passa no mundo" e à "situação crítica" que a Europa atravessa, "faria muito bem o papel de presidente da República", vincou Bacelar de Vasconcelos.
Marcelo vai deixar cair a "máscara"
No artigo publicado no JN, o deputado defendeu que, embora o atual mandato de Marcelo Rebelo de Sousa tenha sido marcado pelo "diálogo" e pela "bonomia", "o prazo de validade deste modelo vai esgotar-se no último dia do mandato".
Bacelar de Vasconcelos escreveu também que Marcelo tem uma "máscara" que lhe permite "partilhar todos os sucessos e distanciar-se de todos os infortúnios que afetam o país, a Europa e o Mundo". Considerando que os tempos atuais exigem "uma voz forte e destemida", que seja "independente dos interesses instalados que os conduziram a este pântano", o parlamentar concluiu: "Não vejo este presidente talhado para tal missão".