
Tema da revisão constitucional incendiou o debate entre André Ventura e Jorge Pinto
Foto: Nuno Fox / SIC
O confronto entre André Ventura e Jorge Pinto ficou marcado, nesta quinta-feira à noite, por trocas intensas de acusações pessoais e divergências sobre a reforma laboral e o papel do presidente da República.
A greve geral foi o ponto de partida, com Ventura a afirmar que o protesto podia ter sido "evitado" se o Governo tivesse ouvido as críticas do Chega. "Não estamos disponíveis para uma lei que é um bar aberto para despedimentos". Pinto acusou Ventura de ser um troca-tintas. "Mudou constantemente de opinião sobre este tema, se calhar agora vai juntar-se a um sindicato", revelou, acrescentando que o rival tenta aproveitar-se do descontentamento social a seu favor.
O tema da revisão constitucional incendiou o debate. Jorge Pinto reafirmou que dissolveria a Assembleia da República, no caso de haver uma revisão "drástica" de uma maioria à direita, posição que foi condenada pelo Chega. "Você é um ditador, não respeita a vontade dos eleitores", sublinhou.
Em outro ponto, Jorge Pinto fez acusações duras a Ventura. "Alguém que esteve em 40 entrevistas este ano e que, somando debates legislativos e presidenciais, aparece em média uma vez por semana nas televisões, não é antissistema. Foi de longe em novembro a figura com mais tempo de antena mediática, André Ventura é o queridinho do sistema", revelou, acrescentando que o líder do Chega vive num condomínio fechado e que não anda na rua sem segurança. "Jorge Pinto é um pirralho da política, não me venha dar lições de vida. Guarda-costas? Eu hoje tenho de ter segurança porque a escumalha do vosso partido anda a atacar-me há não sei quantos anos. Ameaçam-me na rua e já me tentaram matar, há ameaças de bomba sobre a minha casa".
Ventura acusou também o adversário de "não estar a sério" na corrida presidencial. "Vai desistir dentro de dias a favor de António José Seguro". Afirmação que foi contraposta pelo deputado do Livre, ao garantir que irá entregar as assinaturas da sua candidatura no TC no dia 17, anunciando Leonor Caldeira como mandatária.
