O antigo secretário-geral do PS António José Seguro confirmou que está a ser pressionado para avançar à liderança do partido e considerou “que o país merece melhor do que aquilo que tem tido”.
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António José Seguro admitiu, esta sexta-feira, que está a ser pressionado internamente para avançar à liderança do PS. “É normal que neste turbilhão o meu telefone tenha tocado e tenha recebido mensagens mais vezes”, considerou, embora tenha revelado pouca disponibilidade para entrar na corrida pela sucessão de António Costa, ao declarar que não tem "nenhum Citröen para fazer rodagem”.
O antigo secretário-geral do PS lembrou que, em maio passado, numa das poucas exceções que abriu para falar na vida política, depois do seu afastamento da liderança do PS por António Costa, admitiu que “estava perplexo” com o que se estava a passar no país.
“Quando olho para o país e com aquilo que aconteceu esta semana não só fico perplexo como partilho o sentimento da esmagadora maioria dos portugueses de tristeza, de inquietação”, assumiu o antigo eurodeputado.
Para o antecessor de António Costa na liderança socialista, “o país merece muito mais e merece melhor do que aquilo com que temos sido confrontados”. António José Seguro recusou-se a fazer mais comentários, declarando: “A única coisa que eu quero dizer é aquilo que disse”. E rematou, deixando claro: “A minha preocupação é o país”.