Debate entre Luís Montenegro, líder da AD - Coligação PSD/CDS, e Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal, esta noite na RTP deixa futuro em aberto após as eleições legislativas de 18 de maio
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No pontapé de saída do debate desta noite na RTP, Rui Rocha disse ao que a Iniciativa Liberal (IL) ia: estabilidade. Enquanto Luís Montenegro desfiou o que foi feito pelo seu Governo. Falou-se de impostos, muito. De Saúde, também. Passando ao de leve pela ética. Apontando Rui Rocha os falhanços do Executivo e Montenegro as suas conquistas. Com confiança que, com ou sem recessão, o país vai descolar. Sem que nenhum tenha fechado portas.
Debate que se fez, vincou o líder da IL, porque "Luís Montenegro geriu com irresponsabilidade toda a situação que nos levou a este dia". E, sim, o seu partido votou a favor da moção de confiança porque "interpretou bem o desejo dos portugueses". A que Montenegro entende não dever um pedido de desculpas. "Devo é capacidade de trabalho para cumprir a minha missão". Garantindo ter estado em exclusividade no Executivo e nunca ter tomado uma decisão política "inquinada" por interesses privados. Encerrando assim o curto capítulo da ética.
Já os impostos foram uma constante, com líder da AD - Coligação PSD/CDS, que fez questão de frisar que há "uma grande aproximação de todos os partidos às propostas da AD", a destacar que a "carga fiscal dos impostos em 2024 baixou" e vai continuar a baixar se voltar a formar Governo. Rui Rocha, que não deixou escapar o choque fiscal que incluía já o choque fiscal do Governo socialista - a "trapalhada inicial", como disse - , falou das divergências da IL com a AD em matéria fiscal. Apontou "a ligeira descida de impostos". E falou das "gerações entaladas, entre os 35-65 anos", que atravessaram as várias crises, dos subprime à covid e "carregam o esforço fiscal às costas".
A esses, Montengero, que lembrou o primeiro Orçamento do Estado (o seu) "que não aumentou um único imposto", promete uma descida de dois mil milhões de euros em IRS. Um quarto já neste ano. Proposta que conjugada com a do IRC permite "aumentar a produtividade, o investimento, a capacidade da economia gerar riqueza o que gera receita fiscal". E se vier a recessão? O líder do PSD preferiu responder com o aumento dos apoios aos idosos e a valorização da carreira dos professores e das forças de segurança, em 2024. Admitindo, mais à frente, que o caminho de Portugal "concilia-se com a situação nacional e internacional".
Também o líder da IL confia "ainda mais" em Portugal e nos portugueses. Propondo-se reformar o país: racionalizando o Estado e fazendo crescer a economia. Sem esquecer o SNS e as promessas falhadas, como o médico de família para todos. "Na visão de Luís Montenegro, o SNS é o centro do sistema e para a IL os portugueses são o centro do sistema". Aos liberais, o líder da AD recordou as Parcerias Público-Privadas e as USF-C. E sim, contará com a ministra Ana Paula Martins, "um quadro qualificadíssimo". "Logo se vê em que funções".