O conceito de convívios em casas particulares está em crescendo no Porto e em Lisboa. A grande precursora da ideia foi a Homie, nascida de ousada aposta de dois jovens de 29 anos. O negócio é recente e está imparável. O futuro passa por dar cada vez mais opções aos clientes.
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Começou devagar e cresceu mais rapidamente do que o previsto pelos próprios criadores do conceito. No Porto, a Homie tornou-se a primeira empresa a alugar apartamentos privados para jantares também eles privados. Trata de tudo - refeição, louça, limpeza e afins -, os clientes não têm que se preocupar com absolutamente nada, apenas em passar bom momentos. Não tarda e estará em Lisboa, muito provavelmente ainda este ano.
Quem quiser utilizar os serviços da Homie poderá fazê-lo acedendo ao site Homie.pt, onde encontra todas as possibilidades à disposição. Existem apenas pequenas condições a ter em conta: os jantares estão disponíveis a grupos entre 15 e 30 pessoas, que terão de abandonar o apartamento até às duas da madrugada. Mesmo assim horário mais alargado do que a grande maioria dos restaurantes.
Tratamos de todo o catering e os clientes também podem levar de suas casas o que pretenderem de comidas e bebidas
"Temos menus entre 20 e 25 euros. Tratamos de todo o catering e os clientes também podem levar de suas casas o que pretenderem de comidas e bebidas, além de poderem escolher a decoração que pretendem", explica Tomás Gomes. Sem jantar, a casa pode ser "alugada" pelo valor de 150 euros.
Os menus incluem entradas, os pratos principais são dois à escolha entre lombo de porco assado, carne de porco à alentejana, arroz de pato, medalhões de pescada com broa, bacalhau com natas, filetes de pescada com salada russa, bacalhau em cama de espinafres com batata assada e caril de peixe com puré. Para sobremesa há fruta, tarte de lima, bolo de chocolate, crumble de maçã, mousse de chocolate, tarte de maracujá e cheesecake. As bebidas incluem água, cerveja, vinho e sangria.
Em grupo, mas com privacidade
Foi em 2017 que Tomás Gomes e Hugo Figueiredo, 29 anos, começaram a congeminar o projeto. Nunca tinham trabalhado na área da restauração ou de eventos, longe disso: Tomás é professor de padel, Hugo engenheiro mecânico. Queriam apenas algo inovador, chamativo, útil e que o mercado não cobrisse. "Há muitas pessoas que querem jantar fora em grupo mas não em restaurantes, desejam privacidade. Foi isso que pretendemos explorar", aponta Tomás.
"Começámos a ver espaços e alugámos um na Rua Fernandes Tomás, em plena Baixa do Porto", conta Tomás Gomes. Foi lá que a Homie nasceu e que os sócios começaram a perceber que a aposta fora certeira. "Rapidamente acumulámos cada vez mais pedidos, ao ponto de termos de disponibilizar outros apartamentos", recorda.
Estudamos alternativas que nos permitam abrir em Lisboa até ao final do ano
A Homie cresceu então para a Rua do Bonjardim, também no centro do Porto. Curiosamente, assim ditou o mercado imobiliário, ambas as localizações acabaram por ter que ser abandonadas pois foram compradas por investidores para alojamento local. Atualmente, a Homie possui duas opções na Praça da República e planeia inaugurar uma outra muito em breve. A expansão para Lisboa, essa, também não vai tardar. "Estudamos alternativas que nos permitam abrir em Lisboa até ao final do ano", revela Tomás Gomes.
Juntamente com as novas moradas, a Homie quer alargar o conceito e incluir, por exemplo, o menu premium. "Incluirá um chef exclusivo, que irá preparar as refeições na hora frente aos clientes. E temos pensado o menu sushi, dado que há cada vez mais pessoas que nos pedem comida japonesa".
Conjugar estas novidades com a entrada em atividade em Lisboa é o objetivo. Para que 2019 seja o ano em que esta empresa pioneira consolide o até aqui pouco explorado, mas muito procurado, mercado destinado a quem pretende jantares de grupo em salas privadas. Como se estivesse em casa, portanto. Sem nada com que se preocupar