No domingo, quando concurso reabriu para alocar mais mil vagas, foram ainda apresentadas 270 novas candidaturas
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Em linha com o verificado nos dois últimos anos, apenas 4% dos candidatos à 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior optaram por modificar as suas candidaturas, no passado domingo, quando a plataforma reabriu para alocar mais 1001 vagas, decorrentes do reforço autorizado pela tutela. Foram 2502 as candidaturas alteradas, num total de 61473 candidatos. A que se juntam, ainda, de acordo com o Ministério da Ciência e Ensino Superior, 270 novas candidaturas. Os resultados desta 1.ª fase são conhecidos no próximo dia 11.
O concurso, recorde-se, reabriu para acomodar as novas mil vagas transferidas pelas instituições de Ensino Superior e que não haviam sido preenchidas nos concursos especiais, como sejam o de estudantes internacionais. Uma medida excecional e temporária admitida, pela primeira vez, pelo então ministro Manuel Heitor para fazer face ao aumento de procura no concurso de 2020/2021, o primeiro em pandemia. Na altura, universidades e politécnicos libertaram 4737 vagas, mas, tal como agora, só 4% dos estudantes alteraram as suas opções de candidatura. Já no ano passado, o reforço andou na casa dos três mil lugares e 6% dos quase 64 mil candidatos à 1.ª fase modificaram as suas opções de ingresso, tendo sido apresentadas 240 novas candidaturas.
No concurso atualmente em curso, a ministra Elvira Fortunato permitiu às instituições reforçar até 10% o número de vagas nos cursos com elevada concentração de bons alunos, que visam a formação em competências digitais, ciências de dados e do espaço e Educação Básica, e nas licenciaturas financiadas pelo Programa de Recuperação e Resiliência. Nos restantes cursos, o reforço poderia ir até aos 5%. Nos dois anos anteriores, não havia limite.
Ao JN, o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas havia já avisado que para abrir mais vagas no Superior é preciso um reforço das dotações orçamentais. Porque, explicava então António de Sousa Pereira, "a capacidade das instituições está exaurida". Entretanto, o Governo anunciou um reforço de 2,7% para o próximo ano. Acresce um reforço adicional de +1% para as instituições mais penalizadas pela não aplicação da fórmula de financiamento.