Nenhum profissional contratado para a primeira fase da vacinação foi "dispensado", garantiu esta sexta-feira o secretário de Estado Adjunto da Saúde, ainda assim, frisou Lacerda Sales, o Ministério da Saúde deu indicação aos presidentes das Administrações Regionais de Saúde (ARS) para contratarem "todos os profissionais (médicos, enfermeiros e assistentes técnicos ou operacionais) necessários" para que o processo decorra dentro da normalidade.
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Este fim de semana vai decorrer a modalidade "casa aberta" para os mais de 80 anos receberem a terceira dose contra a covid-19 e a vacina da gripe. Será "uma oportunidade para familiares e cuidadores" levarem os idosos à vacinação, frisou Lacerda Sales, em conferência de imprensa.
A lista dos centros de vacinação que vão estar a funcionar foi publicada no site da Direção-Geral de Saúde. A maioria irá estar de portas abertas das 9 às 17 horas e os utentes elegíveis para a vacinação não precisam de agendamento ou convocatória. "Basta que se dirijam ao centro mais próximo", apelou o secretário de Estado, sublinhando que "muitas juntas de freguesia organizaram transporte". Até hoje, revelou, já foram administradas um milhão de vacinas da gripe e mais de 450 mil doses de reforço contra a covid-19.
Esta terceira dose, bem como a vacinação contra a gripe sazonal, é crucial para evitarmos darmos um passo atrás
"As duas doses foram essenciais para darmos um passo em frente no regresso à normalidade. Esta terceira dose, bem como a vacinação contra a gripe sazonal, é crucial para evitarmos darmos um passo atrás", afirmou o secretário de Estado, frisando que a "pandemia ainda não passou".
Interpelado sobre se o aumento de novos casos de infeção pode levar a reestruturação dos serviços nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, Lacerda Sales começou por sublinhar que o SNS já provou "a sua resiliência e elasticidade". No entanto, o ministério já pediu os planos de contingência, nomeadamente as escalas de urgência, até ao fim do ano, para certificarem que os "hospitais estão preparados para um eventual aumento de casos".
Funcionários de lares e bombeiros vão ser convocados
Os profissionais de Saúde vão começar a ser convocados para receberem a terceira dose da vacina contra a covid-19 a partir da próxima semana. Os funcionários do setor social e bombeiros envolvidos no transporte de doentes irão receber o reforço a partir da semana seguinte (entre 22 e 27 de novembro).
A diretora-geral da Saúde sublinhou que esta nova etapa de vacinação tem patamares de prioridades, começa com os mais vulneráveis que são os idosos com mais de 80 anos até se atingir os mais de 65 anos à medida que se tornarem elegíveis (ou seja, após seis meses da segunda toma).
A adesão, defendeu aos jornalistas Graça Freitas, "obviamente é diferente em cada etapa e o que o Ministério da Saúde faz é adaptar a estratégia em função dessa adesão".
Sem mencionar atrasos no processo, o responsável do núcleo de coordenação do plano de vacinação contra a covid-19, coronel Carlos Penha-Gonçalves, retorquiu que o prazo de 19 de dezembro se mantém para imunizar a "grande maioria" da população (cerca de 1,5 milhões) com mais de 65 anos, que têm o esquema vacinal completo há seis meses. A "casa aberta" deste fim de semana para os maiores de 80 anos, assumiu, será "um passo importante" para se atingir essa meta.
Sábado e domingo (dias 13 e 14), referiu, são expectáveis filas de espera nos centros de vacinação, o que levou o coronel a pedir "desculpa" e "paciência" mas a insistir que a vacinação dos mais velhos é essencial para um Natal e Inverno "mais seguros".
Portugal prepara aquisição de medicamentos
Direção Geral de Saúde e Infarmed já concluíram o processo para aquisição dos dois medicamentos contra a covid-19 aprovados esta quinta-feira pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), anunciou Graça Freitas.
Os dois medicamentos Ronapreve e Regkirona são os primeiros medicamentos anticorpos monoclonais a receberem um parecer positivo do regulador europeu. Interpelada pelos jornalistas, a diretora-geral de Saúde garantiu que a Comissão Europeia já concluiu os processos de aquisição centralizada em relação a estes dois medicamentos, tal como Portugal. Relativamente aos antivirais, ainda em avaliação pela EMA, a Comissão também já começou o processo de aquisição centralizada, referiu Graça Freitas.