São poucos os pescadores de arte xávega – uma forma de pesca artesanal feita com rede de cerco, que decorre entre abril e outubro, na costa entre Espinho e Caparica – que têm acompanhado, em pormenor, a campanha para as eleições legislativas do próximo dia 10.
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Acima de tudo, porque o setor se sente esquecido e há muito se desiludiu com promessas, nesta e noutras áreas.
Na Murtosa, Marco Silva, 48 anos, assume: “Não ligo nada, nem me interessa. O meu trabalho ocupa-me bem e fico mais saudável do que a ouvir barbaridades que os políticos em campanha dizem da boca para fora. Promessas, promessas que nunca são cumpridas ou, se são, não é como dizem na campanha”. A pesca, pelos ecos que lhe têm chegado, não tem marcado a campanha e não está entre as preocupações dos candidatos. Mas as ajudas são essenciais, numa arte sazonal que tem vindo a decair.